Capítulo 5 • Culpa do cupcake

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Ambar Smith

Pego mais uma batata frita do meu pacote mergulho no ketchup, enquanto escuto a história de Emília sobre um cara que sua prima de segundo grau pegou e a deixou grávida.

Eu tinha uma relação de amor e ódio com esse lado fofoqueira de Emília, as vezes ele era bom e às vezes muito, muito ruim mesmo. Ser amiga de uma fofoqueira tinha suas vantagens e desvantagens.

― Que filho da puta! Sumiu e ainda deu o número de telefone errado! Esse cara está na minha lista negra. ― sussurro a última parte e mordo o meu hamburger.

― Na minha também. Mas o que importa é que eu vou ganhar um sobrinho. Já até me ofereci para cuidar dele nos fins de semana e nos dias que eu tiver folga do hospital.

Franzi o cenho. ― Não será muito peso pra você?

― Ambar, você me conhece, eu sou muito energética, não consigo ficar parada mesmo quando sinto dor. Cuidar de uma criança vai ser moleza.

― Preciso de lembrar que você trabalha em um hospital?

― E? Ambar, vai ser perfeito pra mim, essa criança pode até me alegrar, a própria psicóloga do hospital disse isso.

Emília havia feito pediatria na Califórnia, ela sempre amou crianças e talvez isso até melhore o seu humor.

Depois de terminarmos, levantamos e deixamos as bandeiras no lugar correto. Emília implorou para irmos no banheiro então fomos.

Fiquei apenas na porta, não entrei. Então percebi que fiz um erro.

Meu coração quebrou quando vi Matteo com um menininho no colo e de mãos dadas com uma mulher morena de olhos verdes, demorei um tempo para perceber que essa mulher foi minha colega no ensino médio e se chamava Luna.

Seu rosto fica pálido quando ele me vê. Tenho certeza que não estou com nenhuma expressão no rosto. Consigo escutar meu coração se partir.

Ele é casado.

Matteo sussurra algo para Luna que pega o menininho no colo e caminha com ele até uma mulher com uniforme e está com um carrinho rosa, onde dentro tem uma bebê.

Ótimo! Além de casado é pai de duas crianças!

Parabéns, Ambar! Você é a melhor!

Sinto meus olhos ficarem embaçados e uma lágrima de puro ódio, cai, rolando na minha bochecha. Então ele caminha até mim.

― Ambar, eu posso...

― Cale a boca. Você pensa que eu sou uma idiota, não é? Está certo, porque eu sou mesmo uma idiota das grandes.

― Eu não quis...

― Matteo, pare, por favor, pare. ― minha voz está embargada, não chore. ― Você é casado, tem filhos e transou comigo. Eu devo ser muito trouxa, não é?

― Me perdoe, eu sinto muito. Espero que tenha algo que eu possa fazer para reparar isso. ― ele procura algo nos bolsos e me entra um cartão de visita.

― Apenas suma da minha vida.

Antes que ele se mova, Emília sai do banheiro. ― Perdi algo?

― Só que o babaca que eu dormi é casado e tem dois filhos.

― Mentira? Que babado!

― Emily, por favor, não espalhe isso. ― Matteo implora.

― É Emília, seu filho da puta. Vamos embora, Ambar.

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