Dois

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"Isso não faz o menor sentido

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"Isso não faz o menor sentido." O Príncipe disse ao esfregar as mãos em frente à lareira acesa.

"É, eu imaginei que Vossa Alteza diria algo do tipo." Liena murmurou ao examinar suas unhas recostada em uma das paredes da cabana enquanto usava a ponta de uma adaga para limpá-las.

"Porque alguém me mataria?", ele questionou se virando para ela, incrédulo com aquela descoberta.

"Os motivos de sempre." Ela respondeu dando de ombros ao guardar a adaga de volta em sua bainha. "A questão que mais deveria te empertigar seria, quem está querendo te matar. Me admira ainda não ter descoberto de quem estamos fugindo."

"Infelizmente nenhum nome me vem à mente." Ele rebateu injuriado. "Enquanto isso, imagino eu, você queira me manter escondido." Reclamou ao se levantar, ficando de frente a ela.

"Gael," ela começou antes de ser interrompida.

"Vossa Alteza, você quer dizer." O Príncipe a corrigiu.

"Acredito que depois de ter salvado sua vida, mereça ao menos poder te chamar pelo primeiro nome!" Liena se justificou cruzando os braços, observando-o bufar antes de prosseguir. "E nós não vamos ficar aqui por muito mais tempo." Passou a deixar claro espiando a janela com cautela. "Estou apenas esperando alguém para podermos dar início a nossa pequena retaliação."

O Príncipe riu pelo nariz ao apoiar as mãos na cintura e baixar a cabeça. Ele jamais acreditaria se algumas horas atrás alguém lhe dissesse que teria que fugir de seu palácio pelo telhado escorregadio da neve para salvar sua vida juntamente com uma mulher que nunca vira antes.

Aquela dúvida  ainda o importunava por não entender como ela sabia que alguém estava tentando matá-lo.

Realmente nada naquele dia fazia algum sentido depois que ela saiu de seu banheiro como se soubesse exatamente aonde estava indo.

"Como você entrou em meu banheiro?", ele perguntou curioso.

Liena o olhou de relance, esquecendo-se por completo daquele detalhe até então. Esperava que o susto o fizesse esquecer de onde ela tinha surgido e se contentado com o fato de ainda estar respirando.

"Eu ainda não estou certa de vá acreditar no que tenho a lhe dizer." Ela murmurou fitando o chão empoeirado. "Mas, me garantiram que se eu lhe contasse, a linha do tempo continuaria intacta."

"Você percebe que cada vez que me responde, parece fazer menos sentido?", ele enganou arqueando uma de suas sobrancelhas, esperando por uma explicação que clarearia sua mente.

"Bem, não há maneira certa de revelar isso, mas eu vim do futuro." Liena contou sem rodeios. "2015 para ser mais exata."

O Príncipe não disse nada a princípio, permanecendo quieto, fitando-a, segurando para não rir. Ele umedeceu os lábios ao respirar fundo e passou a mão no rosto, processando a informação.

"Você é do futuro?", perguntou calmamente, vendo-a confirmar com a cabeça. "De seiscentos anos à frente?"

"Seiscentos e vinte e cinco para ser mais exata." Liena o corrigiu céticamente.

"Isso é algum tipo de piada?"

Liena bufou revirando os olhos e se aproximou retirando seu colar com pingente em forma de coração ao deixá-lo sobre a sua palma.

"Esse colar me fez vir até aqui." Ela começou a explicar esticando na direção dele por um instante antes de abri-lo no meio. "É uma tecnologia bem simples na verdade. Enquanto de um lado tenho esses minúsculos botões em que coloco a data para que quero viajar, no outro há uma pequena agulha que recolhe meu sangue, criando a energia necessária para criar um fenda no chamado tempo-espaço, me enviando até o ano informado."

Liena não estava certa de que o Príncipe havia entendido o que ela explicou ao fechar o pingente, por isso o virou mostrando uma inscrição.

"Há mais pessoas que assim como eu conseguem viajar no tempo." Prosseguiu olhando com atenção. "Nós somos conhecidos como A Sociedade do Coração Flamejante. Um nome meio bobo para falar a verdade, mas fomos criados por você. Você vê?", perguntou indicando o nome dele no pingente. "Vossa Alteza Real, Gael Priezo Corales."

"É de fato uma história muito fascinante." O Príncipe comentou em seguida.

"Não é uma história!", Liena bradou irritada ao colocar o colar em seu devido lugar. "Eu só estou aqui, porque Vossa Alteza deixou registrado que eu salvaria sua vida na véspera de Natal."

O Príncipe lhe deu as costas balançando a cabeça, voltando a se sentar diante da lareira para se aquecer, mantendo o olhar fixo nas chamas vermelhas que crepitavam.

Liena atravessou o cômodo, voltando a vigiar pela fresta da janela, atenta às pequenas mudanças naquela vastidão branca conforme o sol começava a se pôr.

De longe ela avistou a figura de um homem sobre um cavalo se aproximar lentamente, abrindo caminho pela montanha de neve que já havia se formado no chão.

"Nossa companhia chegou." Liena anunciou se afastando da janela para abrir a pequena porta de madeira remendada.

Um homem um pouco menor que ela, com grossas roupas de inverno e o rosto coberto para se proteger da neve adentrou a cabana e bateu os pés no batente para limpar as botas, incitando curiosidade no Príncipe que se virou para ver de quem se tratava.

Quando o homem retirou o capuz e baixou o pano que cobria metade de seu rosto, o Príncipe caiu da cadeira com tamanho susto ao reconhecer aquele homem. Com seus olhos arregalados, ele se pôs de pé um pouco trêmulo sem encontrar uma resposta simples para aquilo.

"Obrigada por se juntar a nós." Liena agradeceu o homem.

"Era minha obrigação estar aqui." O homem declarou retirando o grosso casaco, deixando um colar parecido com o de Liena amostra. "Só assim ele acreditaria em você."

"Como isso é possível?", o Príncipe perguntou incrédulo ao se aproximar, examinando o homem diante de si com os traços tão parecidos aos seus, diferenciando-os apenas pela espeça barba. "Você é igualzinho a mim!"

"Não Gael," o homem respondeu segurando os ombros do Príncipe com força. "Eu sou você, alguns anos mais velho."

996 palavras.

**Hello Folks! Ah, como eu estou animada com esse conto! Ontem mesmo já consegui escrever o esboço dessa segunda parte e cá estou eu postando-a

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**Hello Folks! Ah, como eu estou animada com esse conto! Ontem mesmo já consegui escrever o esboço dessa segunda parte e cá estou eu postando-a. Restam mais três partes se tudo der certo - e espero que de - para que o Natal ser salvo. Algum palpite de como isso acontecerá ou mesmo do que há por mim nos capítulos seguintes? Esse capítulo foi mais divertido de escrever e o pânico no rosto do Príncipe ao se ver mais velho não saia da minha cabeça! Como eu havia dito antes, existem milhares de filmes, livros, séries e afins que falam sobre esse tema de viagem no tempo e cada um é único e o faz a sua maneira. E essa é a minha. A linha do tempo não mudará pelo que está acontecendo ou acontecerá, pq foi pelo q está ocorrendo que fará a Liena voltar no tempo. Entendeu? Não? Assista Dark na Netflix então e ficará tudo bem. Beijos e desligo.**

A Sociedade do Coração Flamejante (Completo)Kde žijí příběhy. Začni objevovat