Capítulo 1

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— Minha princesa, não estou com nenhum livro no momento, posso deixar para amanhã? — Enquanto a colocava na imensa cama acolchoada, indaguei.

— Não, a senhora pode contar qual quer uma? — Puxou seu cobertor rosa e, colocando o seu travesseiro para servi como encosto de sua costa.

Cedi, acomodando-me ao seu lado na cama.

— Está bem, mas prometa que não me incomodará durante a história? — perguntei, tendo os olhos da criança focado em mim, assentindo em afirmação. — Há muitos anos, existia um grande reino em festa. — Comecei a contar calmamente.

Aquele era o grande dia em que a princesa Ondina iria escolher o seu futuro pretendente, a pessoa que ficaria ao seu lado pelo resto da vida

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Aquele era o grande dia em que a princesa Ondina iria escolher o seu futuro pretendente, a pessoa que ficaria ao seu lado pelo resto da vida.

Em todo o reino, a alegria irradiava, onde reis, rainhas, monarcas e todos da corte do reino e nações vizinhas viam para prestigiar o novo pretende da princesa. Com isso, no exuberante castelo, pôde-se ouvir a melodia das arpas, com belas orquestras tocando ao som retumbante.

Porém, ainda no castelo, em um canto bem distante, ouviu-se um grito de raiva sendo abafado por um travesseiro de ganso, uma atitude bem comum para a mimada — delicada moça, quero dizer.

— Senhora... Senhora. — A serva corria desesperada por todo o quarto, enquanto a princesa expressava mais uma de suas crises nervosas, para infelicidade da pobre criada. — Por favor, acalme-se — suplicou com veemência.

— Como você me pede para ter calma? O rei quer oferecer minha cabeça como prêmio a um troglodita — afirmou a princesa em puro estresse.

Entretanto, a conversa "amistosa" das damas fora interrompido por um subordinado do rei que foi instruído em levar a princesa ao salão de festa. Desse modo, a bela magnata desceu pelos degraus da escada feita de porcelana, tendo seu corrimão feito com quilates de ouro maciço. O vestido da moça é adornado por várias pérolas, sendo o seu tecido um azul-claro que contrasta perfeitamente com os olhos ébanos da jovem e, tem como adereço principal, pequenos cristais que formam uma alça no formoso vestido, correndo pelos seus pés em uma mistura de cascata e balão, formoseando a sua pele parda, herança da sua bela mãe.

Era possível ouvir apenas o tilintar dos sapatos do serviçal, indo de encontro a elegância da moça, pena que esse glamour seja apenas físico, pois de caráter a formosura passou longe.

Finalmente, Ondina se encontra de frente a porta do seu eminente show, algo muito aguardado por ela.

O arauto ressoou, atraindo a atenção de todos para a entrada principal, a porta foi aberta e revelou a formosura em pessoa, com um sorriso soberbo.

Ondina tinha o conhecimento da sua beleza, usava e abusava disso o quanto podia, demonstrando toda sua arrogância.

— Minha filha. — O rei aproximou-se em completa alegria, pobre coitado, mal esperava a vergonha que o aguardava. — Querida, aproxime-se, me deixe apresentar alguns convidados — comentou extasiado. — Esse é... — Porém, antes que falasse, foi cortado pela filha.

— Sabe pai, alguns não me parecem muito bons. — Ouve um rompente de susto no rei pelas suas palavras. — Daqui em diante, não convides homens que não me merecem — falou em alto e bom-tom, espantando a todos no local.

A princesa andou calmamente, como se nada estivesse acontecido.

— Ondina, não podes falar assim. — O pobre senhor saiu atrás de sua filha, enquanto está, avança sem ao menos olhar para trás.

— Princesa, sou o rei Alus da terra de Hár — apresentou-se um senhor de caráter gentil.

— Quem é essa chave de fenda? Governante de um país minúsculo. — Encarou o homem com o ar de superioridade, que se assemelhava com o objeto retratado por ela e, seguiu o seu caminho, deixando o sujeito com cara de taxo, plantado no local.

Após essa frase, todos riram, enquanto o pai da princesa estava prestes a ter um ataque cardíaco.

— Olá, sou Termoro, rei de Marcaque — pronunciou, suavemente, um homem robusto.

— Pai, por que convidou um barril de cerveja? — indignou-se, reclamando ao responsável.

— Ondina, respeite as pessoas! — exclamou, tentando então soar calmo, para não criar mais alarde ao pobre convidado.

Enquanto isso, o povo ria em diversão.

— Eu sou o rei Marsaque. — A princesa ouviu outro zumbindo, em sua opinião.

— Tens cara de cavalo, não acha? — Ondina riu por prazer.

— Ondina, não se interessou por nenhum deles? — O rei perguntou, quase que perto de explodir de raiva.

— Informei que nenhum desses animais me interessam — respondeu em provocação.

A princesa, convencida em arruinar o baile, continuou com as chacotas perante os convidados. Divertindo-se por um determinado tempo.

— Olhe, um leão — disse gargalhando —, uma abóbora — apontou sobre outra majestade e, em seguida, gritou exageradamente: — um buldogue furioso, é melhor desaparecer — caçoando do pobre homem.

Em todo momento, Ondina falava uma de suas piadas bestas, para despistar seus pretendentes e, enquanto isso, todos no salão sorriam por divertimento.

Algum tempo depois, a princesa encarou um homem a sua frente, que manteve uma aparência neutra em relação à mirada orgulhosa da princesa. Com um porte alto, e um físico normal, não exuberante, olhos castanhos e cabelo castanho-claro, combinando com sua pele branca.

— Que barba tão pontiaguda, ridícula, parece um bode! — riu em escárnio da cara do jovem, sendo acompanhada por um coral.

— Ondina, já chega! Não é capaz de apreciar um parceiro pelo que é, só sabe ver terras, dinheiro, nome e aparência. Terminou! — gritou o rei — Na próxima vez em que você atuar dessa forma com algum cavaleiro, terá que casar-se com ele, seja este quem for. — bradou, calando todo o recinto.

— Pai, o senhor não pode fazer isso — rebateu a princesa a contragosto.

— Sem mais...

Ondina saiu revoltada, batendo o pé, mostrando sua postura imatura e mimada, entristecendo o coração do pobre pai e alimentando a curiosidade do rei bode, a quem ela denominou.

— Avó, espera

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— Avó, espera. Penso que ela pode demonstrar seus sentimentos, tenho certeza de que existe uma ótima pessoa por trás dessa máscara dura. — comentou a criança, parecendo está feliz com a descoberta.

— Tudo bem meu amor. — Deu um beijo na testa da menina. — Que tal Ondina narrar a sua própria história?

A criança sorriu, imaginando o mundo em que está prestes a conhecer.

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Rei Bode - Uma Princesa Em Apurosحيث تعيش القصص. اكتشف الآن