— E o que você acha sobre isso? — Eliott encarou-me enquanto estamos nos ajeitando para dormir.
— Sobre o que? — Me fiz de desentendida.
Ele apenas levantou uma sobrancelha em descrença.
— Você acreditaria se eu dissesse que estou feliz — comentei ainda sem sorrir.
— Não é a senhora que diz todos os dias que precisamos de dinheiro, de uma casa melhor, nos divertir... isto é, ter conquistas que hoje não podemos? — Sentou-se ao meu lado na cama.
— Não é porque não tenho tudo isso que eu não sou feliz. Felicidade não se resume em ter tudo, mas com quem compartilhamos, TUDO ISSO. — Sorrir. — Quero estar com você, mas isso não me impedi de gostar do luxo, afinal de contas, essa é a minha natureza.
Quando foi que amadurece tão rápido? Sinceramente não estou me entendo. Sendo assim, acho que passar esse tempo na pobreza me ajudou em uma forma geral.
— Desde quando ficou tão filosófica? — Sorriu, demonstrando um brilho estranho que nunca vi nos seus olhos.
— Você quer mesmo saber? — Arqueei as sobrancelhas.
Com esse comentário sorrimos um para outro, em meio a algo novo que nunca tínhamos vivido. Nesse tempo aprendi a conhecer Eliott, pena que não tive esse pensamento quando ainda era uma princesa.
Quando o sol nasceu volto ao trabalho, na intenção em ter mais um dia de cansaço. Sendo assim, quando entro no palácio posso sentir a confusão por todo canto, com pessoas correndo, arrumações sendo feitas, ou seja, é oficialmente um dia de festa.
Como já sei as minhas funções, começo a limpar os quartos. Após várias horas me encontro no quarto do casal ao qual deverei arrumar para a noite de núpcias. Quando finalmente término os meus afazeres, vou até o encarregado dos serviços para ele me designar a outro setor.
— Ondina, a festa irá começar, preciso que você limpe o corredor que fica perto do salão principal — falando isso ele saiu afoito.
Suspirei e voltei a me acabar.
Enquanto estou esfregando o chão ouço sons de melodias, sendo estás, pianos, flautas, e todos os tipos de instrumentos musicais dos mais clássicos possíveis.
Paro o que estou fazendo e aproveito a distração para observa a festa. Enquanto abro uma pequena greta da porta sinto a melodia me aquecer, dissipando qualquer pensamento, trazendo-me uma nostalgia acolhedora.
Ô como amava festas, nem era pela diversão em humilhar os pretendentes do meu pai, mas pelo aconchego em que sentia em dançar.
Enquanto essa sensação me invade, deixo a greta aberta e começo a cantarolar uma música que combina com a melodia tocada pelos instrumentos ao mesmo tempo, em que rodopio dançando por todo o corredor, enquanto sinto a alegria me invadir.
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Rei Bode - Uma Princesa Em Apuros
Short StoryConcurso: CPP4 #PGW1 O rei Cameron possuía uma filha belíssima: a princesa Ondina. Contudo, ela é uma garota orgulhosa e egoísta que não encontra nenhum pretendente do seu agrado, rejeitava-os completamente e ainda se divertia à custa deles, oferece...