Capítulo 4

261 74 219
                                    

Finalmente o sol raio, enquanto me contorcia em meio ao feno da cama.

— Hora de acordar bela adormecida — quase fui empurrada da cama.

— Deixe-me dormir. — Apanhei o travesseiro e me levantei da cama.

— Hoje será o seu grande dia. — Mostrou alguns vasos de barro dos mais diferentes estilos.

— O que significa isso? — Suspirei com a mão no rosto.

— Você terá que ir à cidade vender esses vasos, enquanto trabalho em um campo vizinho, para conseguir um pouco de moeda. — disse simplesmente e saiu.

— O quê?! — perguntei abismada.

— Siga essa direção que dará na entrada da cidade. — Apontou para uma estrada reta.

— Você não pode me deixar vagando sozinha, e se alguém me atacar? — Coloquei a mão na cintura.

— Não se preocupe, se alguém ousar fazer isso, se arrependera 60 segundos depois. — Deu um pequeno sorriso.

— Patético. — Fiz muxoxo.

Enquanto ele saia, me lembrei que não havia tomado café.

— Espera, vou comer o quê?! — gritei para ver se este me escutava.

— Trabalharemos nesta intenção! — respondeu no mesmo tom.

Que infâmia, não acredito que estou passando por isso. Logo uma pessoa da realeza como eu — pensei com toda modéstia.

Coloquei aqueles vasos em um cesto que estava alojado em um canto da casa. Seguro-os em minhas mãos, com muito esforço enquanto percorro o caminho em direção a cidade.

Enquanto caminho, não apareceu nenhuma alma penada para me conceder um pouco de ajuda.

Finalmente, entro na região pelos portões de ferro. Logo à frente a visto uma grande feira, com vários tipos de serviços, desde venda de animais até utensílios domésticos.

— Menina. — Ouço alguém me chamar.

Olhei para trás encarando o velho senhor, maltrapilho e desgastado pela idade e serviço.

— Bom dia, pode sentar-se aqui, vejo que está procurando um lugar para se acomodar — disse bondoso.

Encarei o pobre homem. Em uma distância considerável posso sentir o mau cheiro, imagina perto deste. Transpareci uma cara de nojo e o ignorei, sentando-me em outro lado, próximo à estrada principal.

Enquanto acomodo-me no local, finalmente sentando e enxugando o suor pelo calor, um senhor se aproxima.

— Olá, bela dama. — Sorriu em comprimento. — Vejo que possui alguns vasos adornados, pela sua formosura vou comprar um. Quanto custa?

Fiquei sem reação, não imaginei que seria tão fácil vender um utensílio tão inútil. Como não sabia o preço, já que o retardado não me informou, decidi deixar a critério do cliente.

— Não sei — respondi simplesmente.

— Sério? Então, pegue isso. — Procurou em sua sacola, de primeira ele me ofereceu uma moeda, mas depois repensou e colocou três moedas de bronze em minha mão.

— Obrigada — agradeci alegremente, afinal de contas, tinha ganhado um dinheiro facilmente.

Sendo assim, logo depois várias pessoas vieram comprar, estava afoita sem saber a quem vendia primeiro. Porém, após alguns minutos, ouvi um barulho estranho. E um cavalheiro montando em um cavalo marrom, passou por cima dos meus vasos, os quebrando por completo me deixando desesperada no local e sem alguém ousar me ajudar.

Rei Bode - Uma Princesa Em ApurosWhere stories live. Discover now