Doce Lar

07

No dia seguinte Maite havia marcado com padrinhos e madrinhas em uma loja especializada em casamentos para que escolhêssemos os vestidos das madrinhas e os ternos dos padrinhos. Lá estávamos eu e Hilo, a Raquel, prima do Mane e uma desconhecida, Poncho, Christopher, Thomas marido da Raquel e Felipe, primo da Mai.

Eu e Christopher conversávamos bebendo um espumante, e Maite e Poncho conversavam com expressões sérias enquanto ela procurava uma gravata pra ele.

- Maite, essa ficou boa - disse entediado

- Não liga pra ela Poncho - sussurrou revirando os olhos

- Você disse alguma coisa? - despertou

- Eu disse pra você parar com a palhaçada. Olha, você acha mesmo que ela está ligando pra tua dor? Tudo bem que somos amigas, mas Anahí seguiu a vida dela! - respirei fundo - Está na hora de você provar pra si mesmo que também pode seguir em frente. Você não precisa provar a mim, a ela, ou a nenhuma outra pessoa. Você precisa provar apenas para você mesmo. Não consigo te ver assim Poncho. De verdade, você é muito especial pra ficar sofrendo dessa forma - ela terminou o nó da gravata dele

- Não vou discutir com você. É impossível - murmurou irritado

- Não é impossível. Você é quem é impossível. Só quero o seu bem Poncho. Só isso!

- Você sabe muito bem que não gosto dos outros se metendo na minha vida, e até então, eramos muito amigos por que você não fazia isso. Mas vamos brigar sério se começar a acontecer. Não me meto na sua briga com a irmã do Mane por exemplo, porque você tem de se meter na minha briga com a Anahí? - franzio o cenho bravo

- Você é quem sabe. Não vou me meter. Eu prometo que não - ela disse irônica enquanto vinha na minha direção - E aí Annie, já escolheu? - disfarçando o clima tenso.

- O que aconteceu com você e o Poncho? - olhei-a com uma sobrancelha arqueada.

- Nada demais - deu de ombros fitando alguns cabides e eu resolvi não insistir.

- Escolhi sim, acho que vou ficar com o azul. Christopher disse que fiquei bem com o azul - ela sorriu e eu mostrei-lhe o modelo, ela adorou e deu algumas ideias pra incrementar.

Assim que saiu da loja Poncho voltou pra delegacia. Estava tudo calmo e as recepcionistas que não haviam visto Poncho entrar, folheavam uma revista de fofocas enquanto lixavam as unhas e conversavam uma com a outra.

- É engraçado esses famosos né? Não basta o dinheirão que tem ainda tem que se juntar com quem tem ainda mais. Olha essa cantora aqui a Anahí por exemplo, agora quer namorar o senador - a outra concorda e ao ouvir o nome Anahí, Poncho subitamente volta indo até a mesa de uma delas.

- Não é momento de ler revistas, aqui é um ambiente de trabalho, trabalho ouviu? - frisou grosso - Me dá isso aqui - apanhou a revista indo até a sala dele.

Assim que confirmou que a porta estava fechada, folheou a revista procurando a tal falada matéria e estava lá pra quem quisesse ver, mais precisamente na página 23.