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- Mas e o sucesso? - ele disse me encarando - Não vai existir mais?

Suspirei mordendo os lábios.

- Não, eu vou fazer isso por você - toquei seu rosto, fechando os olhos - Eu vou fazer isso por amor.

- Eu não aceito - disse simplesmente, me fazendo abrir os olhos assustada.

- Não aceita como? Não aceita o que?

- Largar sua carreira, sua vida por mim.

- Eu estou dizendo que agora, você é a minha vida e que eu abro mão de tudo por você - o olhei, triste.

- Meu amor eu sei que você gosta de tudo isso! Do seus fãs, da fama. Você gosta de brilhar não gosta? - ele disse e eu sorri, involuntariamente - Eu não vou deixar você fazer isso por mim!

- Então a gente pensa melhor, vamos ver se essa é uma boa solução mesmo - ele assentiu - Enquanto isso - sussurrei sensual, enquanto brincava com as unhas pelo braço dele.

- Enquanto isso? - ele pediu, rouco.

- Enquanto isso a gente se ama.



Poncho me convenceu a dormir na casa dele, então fiquei mais tranquila depois de me certificar que Dulce estava em casa com Angel.

Acordei com o sol adentrando a janela, possivelmente havíamos esquecido de fechar as cortinas na noite anterior. Olhei para o lado e Alfonso dormia com as mãos entrelaçadas na minha cintura, tudo isso parecia um sonho, um sonho muito difícil de acreditar que estava acontecendo comigo, depois de tantos anos. Fui até o banheiro afim de escovar os dentes e dar um jeito no cabelo. Apanhei uma camiseta dele de futebol que estava jogada por ali, e desci as escadas ainda descalça afim de encontrar algo para preparar o café da manhã. Olhava atentamente a geladeira aberta, quando uma voz feminina me assustou.

- Posso ajudá-la - a simpática senhora sorriu, e eu levei a mão ao peito enquanto me segurava na geladeira.

- Aí que susto! - urrei - Você quase me matou do coração - respirei, tentando me acalmar.

- Desculpe senhorita! Não foi minha intenção - ela se desculpou nitidamente constrangida e eu sorri.

- Não tem porque se desculpar. Eu estava buscando algo para o café-da-manhã mas acho que Poncho é péssimo com as compras - ri e ela me acompanhou.

- É difícil o menino Alfonso tomar café da manhã em casa, está sempre preocupado com o trabalho ou de saída para a academia - explicou - Bem, eu me chamo Maria, sou quem organiza a casa e faz tudo por aqui - a abracei gentilmente.

- Desculpe pelo nosso encontro desastrado - brinquei - Sou Anahí. Namora...quer dizer - tratei de me corrigir - Noiva do Poncho.

Ele chegou até a cozinha, somente de shorts, já de banho tomado, e gostara muito de me ver falando assim. Beijou o rosto de Maria, e então selou os lábios nos meus.

- Vejo que já estão se conhecendo - brincou, tomando um copo de água.

- Como assim noiva e você não me conta nada Sr Alfonso? - Maria fingiu-se de ofendida.

- Foi recente - ele justificou - Mais precisamente ontem a noite - piscou pra mim, jogando um beijo no ar - Lembra da Anahí na qual te falei infinitas vezes? - abraçou-me por trás, beijando meu ombro.

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