Criminal Family - Dylan.

16 - Sacrifices.

Notas Iniciais:  

Hey meus amores, desculpem mesmo pela demora! Eu viajei e tive muitas provas, ai acumulou tudo, mas não esqueci! 

Escrevi esse capítulo com muito carinho, o final dele pode agradar a alguns de vocês e a outros não, mas tive que tomar algumas decisões... Bem, é isso! Desejo uma boa leitura e espero que gostem! Vejo vocês nas notas finais!!

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"Está tudo bem eu ter dito tudo isso? Será que ainda é muito cedo para fazer isto? Porque eu sei que é delicado. -- Taylor Swift (Delicate)"

Catarina's Point Of View

18 de julho de 2026

10:23 p.m.

Milão, Lombardia - Itália

— Então vocês trouxeram a menina para cá? — Pergunto após ter permanecido esse tempo todo em silêncio, apenas sentada enquanto o Dylan explicava toda a situação que aconteceu mais cedo, mas que ainda parecia simplesmente inacreditável em minha mente.

Admito que havia estranhado quando ele me ligou, pois quando nos falamos mais cedo ele tinha dito que teria que resolver algumas coisas do trabalho, então não tinha certeza se conseguiria passar para me ver. No entanto, a surpresa foi ainda maior quando sua voz soou nervosa e agitada através da ligação, na qual ele apenas falou que não sabia bem o que fazer e que queria falar comigo, que precisava me ver. Esperei na saída restaurante e fiquei ainda mais surpresa quando vi o Enzo dirigindo seu carro, mas assim que entrei e vi o estado nervoso em que o Dylan se encontrava, realmente entendi que ele não estava nem sequer com cabeça para dirigir.

— Não é como se fosse possível deixar ela lá! Você tinha que ver, Berry... — Observo meu namorado nervoso, caminhando de um lado para o outro como se nada fosse o acalmar, percebendo que essa é a primeira vez que o vejo tão nervoso em relação à algo... Nem mesmo quando o Luca havia me machucado ele perdeu tanto o controle, pois acho que é algo que ele está mais acostumado.

— Dylan, respira um pouco. — Digo com calma ao me levantar e caminhar lentamente até ele, no entanto ele permanece agitado ao negar.

— Catarina, só Deus sabe o que essa menina viu ou sequer viveu! Como tem pessoas tão idiotas que podem ser pais? Tudo bem que meu pai no inicio não era um exemplo, mas ele nunca deixou ninguém sequer olhar torto para nós! — Fala ao passar ambas as mãos por cima de seu cabelo, fazendo com que minha atenção vá até a parte com sangue seco no mesmo.

— Eu sei que o que eu vai falar irá soar extremamente idiota, no entanto... Não há nada que você possa fazer para mudar o que passou com ela, você pode tentar a ajudar agora, e acredite em mim, o simples fato de a ter aqui com você já é o melhor recomeço que ela poderia ter. — Explico ao erguer minha mão e acariciar seu rosto com calma. — Essa menina realmente sofreu muito e vamos poder ajudar ela, mas para isso, você vai precisar se recompor. Sinceramente não imagino pelo que você passou lá ou o estado que a viu, mas não pode se cobrar por algo que definitivamente não estava no seu poder. — Complemento meu pensamento, tendo seus olhos fixos nos meus.

— Eu olho para ela e lembro da Liv... — Diz completamente derrotado, deixando evidente o quanto essa situação mexeu com ele. — Poderia ser a minha irmã passando por aquela merda. Poderia ser a minha irmã que era abusada sexualmente, que tinha uma mãe merda e que estaria perdendo a infância toda.

— E graças a Deus não foi, mas isso não elimina o fato de que inúmeras crianças, principalmente nesse exato momento que estamos conversando, pagam o preço por uma vida que não escolheram. É cruel, é nojento e o pior é que não sabemos de quem esperar essas atrocidades, o que podemos fazer é realizar tudo ao nosso alcance para ajudar. — Tento soar confiante para o acalmar, mas a verdade é que meu estômago está todo embrulhado nesse momento, pois não vi a menina ainda, mas só de imaginar um ser pequeno e inofensivo sofrendo tanto... É de partir o coração.