13. そして.

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VIRTUALLY.

— Não fica com essa cara de bunda, estamos aqui para comemorar. - cutucava a bochecha de Jaehyun pela vigésima vez enquanto este permanecia sério e com o semblante irritado.

Estavam na churrascaria preferida de Taeyong que estava empolgado conversando baboseiras com Sicheng enquanto Hyuck ria alto de algo com Taeil.

— Você fez parecer que iríamos a um encontro. - resmungou. — Seria nosso primeiro encontro!

— Nós já tivemos muitos primeiros encontros, lembra de quantas vezes nos escontramos na cafeteria do Yuta? - o moreno estava surpreso consigo por falar tão naturalmente sobre encontros com Jaehyun.

— 'Tô falando de encontros romantiquinhos de casal meloso. - fez bico como uma criança ranhenta.

— Não somos um casal meloso e cafeteria é um local romantiquinho e clichê para encontros então tivemos encontros romantiquinhos de casal meloso.

— Você já foi encontrar com o Yuta e o Taeyong lá também! Significa que não é um lugar especial e romantiquinho.

Doyoung finalmente cedeu à birra do coreano que parecia ter dois anos, propondo que fossem juntos a um lugar significante para Doyoung na próxima semana, fora o suficiente para que Jaehyun se animasse no jantar.

Minutos depois, todos ali já conversavam alto e riam na mesma intensidade enquanto falavam mal das manias alheias como a de Doyoung de colocar o punho perto da boca quando está rindo.

— Parece que ele vai acabar se mordendo de tanto rir! - diz Taeyong enquanto ria alto e recebia um tapa fraco de Doyoung.

O último citado encarava pequenos copos de vidros os quais continham tequila até a metade, o líquido transparente parecia clamar pelo garoto de fios negros e suas orbes já se encontravam a mercê da bebida. Jaehyun não deixou de notar tamanha atração por parte do mais velho, percebendo o que este queria.

— Pode beber, se quiser. Não se preocupe, eu que levarei você para casa, de qualquer forma. - o de madeixas rosas e raiz recém pintada havia parado de beber faziam alguns anos, talvez dois ou três, não gostava do sabor amargo do álcool o qual sempre insistia em prevalecer.

— Tem certeza? Não quero ser um incômodo. - perguntou ainda hesitante em pedir algo para um dos garçons que rondavam o local o qual agora estava cheio. Jaehyun confirmou e sorriu fraco para o de fios negros, fazendo questão de pedir a bebida.

Não demorou muito para que quatro pequenos copos fossem deixados sobre a mesa, estes eram provavelmente cheios com alguma tequila não tão forte. Doyoung pareceu satisfeito quando pegou um dos shots e virou devagar, surpreendendo Jaehyun que agora lhe observava jogar os fios negros para trás enquanto mantinha os olhos fechados, pendendo a cabeça para trás, gostava de fazer isso para conseguir captar toda sensação que o líquido transparente estava disposto a lhe proporcionar, desde seu sabor amargo até o queimar que deixava por onde passava. Segurou-se para não deixar uma careta escapar.

Jaehyun não deixou de olhar por longos segundos, afinal, Doyoung era um gostoso bebendo.

— Olhando assim faz parecer que ele sabe beber. - Taeyong riu do melhor amigo.

— Sei beber melhor que você! - mostrou a língua para o loiro.

E assim se passara cerca de uma hora, Doyoung parecia beber um shot a cada vinte e cinco minutos, o que com certeza já havia lhe deixado alterado. O moreno passou a olhar para Taeyong e rir, parecia lembrar de alguns momentos engraçados.

Chamara o garçom para pedir mais alguns shots, sendo interrompido por Jaehyun.

— Moço bonito, você poderia tra-

— Mais uma porção de batatas, por favor? - sorriu simpático para o garçom que afirmou antes de deixar a mesa.

— Por que fez isso, Jaehy? - perguntou manhoso enquanto um bico lhe ocupava os lábios e franzia o cenho. O coração de Jung pareceu errar as batidas.

— Você ficará com muita ressaca caso beba demais, você ficou bebido na segunda dose, é extremamente fraco para bebidas.

Dongyoung deitou a cabeça na mesa, encarando Jaehyun. — Você se preocupa muito comigo. - começou a cutucar a coxa alheia, o de fios rosas poderia jurar que seu amigo fora substituído por uma criança manhosa.

— Sim, gosto de cuidar de você.

— Gosto de quando você cuida de mim. - sorriu para o mais novo que sentia seu coração acelerar, pobre bobo apaixonado.

Então Jaehyun sorriu e passou à acariciar os fios de Doyoung enquanto este ainda lhe dedilhava a coxa sonolento, o mais novo passou a conversar com Taeyong sobre sua alergia a camarões.

Estava tudo ótimo até Jaehyun sentir os dedos finos do moreno lhe apertarem a coxa, seu corpo acabara por ficar tenso e agora a temperatura parecia aumentar gradualmente, aumentando ainda mais quando sentiu outro aperto. — O que está fazendo, Doie? - perguntara baixo.

— Sua coxa é mais dura que a minha, olha! - pegara a canhota alheia e levara até sua coxa, deixando-a ali em cima. — Aperte.

Jaehyun não deveria mas não conseguiu resistir, apertando com certa força a coxa quentinha e bem contornada do mais velho, levando este a comprimir os lábios. — É mesmo. - concordou enquanto retirava rapidamente a mão dali, sentindo seu corpo quente apenas por conta dos toques superficiais que haviam trocado.

— Jaehyunie, quero ir para casa, estou com soninho! - se jogara em Yoonoh, envolvendo os ombros alheios de lado enquanto deitava a cabeça em seu ombro. Doyoung era tão adorável quando bebia.

Não demorara muito para que se despedissem dos amigos e deixassem o estabelecimento colados um no outro, Kim simplesmente não estava afim de soltar a cintura do rosado e este apenas estava gostando demais para intervir.

— Andar é tão cansativo, deveria existir outra forma de se locomover não acha? - perguntou o moreno que tinha a voz abafada pelo ombro de Jaehyun que arrepiou-se e riu das bobeiras do amigo bebido, Jaehyun apenas queria lhe esmagar as bochechas e lhe encher de beijinhos.

O resto caminho para a casa de Doyoung fora assim, preenchidos de perguntas bobas pelo moreno enquanto o rosado apenas procurava ir devagar para não colocar o amigo em risco. Jaehyun deixara sua motocicleta em frente ao prédio do de fios negros, sabendo que logo deixaria o apartamento alheio.

— Me ajude, não encontro minhas chaves! - choramingou o moreno enquanto dedilhava seu corpo enquanto cambaleava um pouco.

— Sua tranca é com cartão e está no seu bolso esquerdo.

— Ah, faz sentido, não confio em chaves.

Jaehyun subia as escadarias ao lado de Doyoung quando este lhe tomou a destra, entrelaçando seus dedos. — Nossas mãos ficam lindas juntas, não acha? - levantou-as e o mais novo pôde as apreciar em meio àquela luz ruim que ameaçava queimar a qualquer momento, sorriu bobo enquanto seu coração palpitava forte, sorrindo ainda mais ao ver que Doyoung também sorria encarando suas mãos.

Jaehyun nunca havia ficado tão grato por cuidar de alguém bêbado.


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𝐕𝐈𝐑𝐓𝐔𝐀𝐋𝐋𝐘Où les histoires vivent. Découvrez maintenant