Como Roubar Um Bilionário Francês

Capítulo 4

Capítulo quatro

Ok... Aquela vista era impressionante, dali eu podia ver claramente um pedaço da torre Eiffel e uma parte do rio Sena, além da incrível arquitetura, vitoriana da cidade. Incrível.
Não era novidade que o "Thierry" era rico, mas aquela cobertura era fora dos paradoxos de ricos comuns, eles tinham até a droga de um Helioporto, com um helicóptero, de uso pessoal do magnata.

- Sinto muito senhorita Lewis, infelizmente consegui que a governanta arrumasse um quarto em cima da hora, acabou que você ficou com um dos quartos mais simples. - O francês disse solene, aparentemente o meu chefe tinha muito o que fazer, então ele encarregou um dos empregados da casa para me ajudar a me habituar.
Era um homen baixo, alguns dedos menor do que eu, no entanto, considerando que eu usava um salto alto de dezoilto centímetros, ele era talvez, maior.

- Com licença macherie, preciso voltar a minhas ocupações, uma das empregadas ira lhe buscar mais tarde para o almoço. Sinta-se a vontade para desfazer as malas. - O homen balançou a cabeça para mim em sinal de despedida, e, se virando saiu do quarto fechando a porta silenciosamente atrás dele.

Se àquele era o quarto como um dos mais simples, eu não conseguia nem entender como era os outros.
Era em incrível tom de salmão, talvez um amariliaco, que dava um contraste forte com os móveis brancos detalhados a mão por um carpinteiro talentoso, provavelmente bem mais caros dos que minhas dívidas. Mas o que me chamava mesmo a atenção era a incrível vidraça, com uma porta de correr, que saia em uma sacada dando para ver metade da cidade parisiense. Do lado oposto, das vidraças, na parede lateral esquerda,  duas portas brancas, que eu só podia imaginar se tratar de um closet e um banheiro.
Deus, uma suíte. A casa do cara parecia mais um hotel cinco estrelas.
Talvez eu fosse mesmo egoísta, como vovó adora dizer, mas... Se o Thierry tem tanto dinheiro, um pouco que eu pegasse não faria tanta diferença... Faria?

Balancei a cabeça, tentando tirar idéias da minha cabeça, eu não era uma ladra... O legado da minha família não era o meu... Eu sabia que não era certo... Só quê... 

Eu não tinha opção.
Mas verdade seja dita, eu estava em um problema bem sério... Primeiramente, não era para o Thierry parecer um astro de Hollywood, e muito menos deixar minhas pernas bambas, me fazendo pensar em coisas... Se eu conseguisse odialo e o repudiar, as coisas seguiriam seu fluxo, e voila... Eu fugiria como o diabo foge da cruz, livre de dívidas... Mas por Deus, não era justo, eu não o conhecia a nem um dia direito, por que ele me atraia tanto?

Segundo problema, os pestinhas  sentiram o cheiro de encrenca que eu exalava por todo meu corpo de longe, a garota principalmente seria um empecilho, provavelmente ficaríamos tropeçando uma na outra. Louise e Darlan. Como fazer a garota me olhar de uma maneira mais... Não sei... Inofensiva? E onde estava a mãe deles? Quero dizer era mais natural que os filhos ficassem com a mãe, certo? Mas aquilo não cabia a mim falar, grande parte da minha vida fora Magie que me criará, eu nem sequer lembrava do rosto de Katherine, minha mãe... E, absolutamente não falavam dela na minha família, nunca, como se fosse um tabu, mas tudo bem...
  Eu nunca precisei dela, ela não fazia falta.
Tive terapia o suficiente, e pensar na minha mãe só me dava mais dor de cabeça. Mais um dos meus traumas.

Que droga! Eu sou a merda de uma farsa, algo que jurei nunca fazer... E aqui estou eu, completamente enfiada nesse monte de merda até o pescoço. Me sentei na cama de dossel branca retirando o sapato já deitada na cama deixando eles jogados de qualquer no chão. Eu só queria uma forma de esquecer de tudo, ou ao menos que no futuro eu não pudesse me arrepender amargamente, das escolhas que eu fizer... Só quê, sabia que não era possível. Eu olhei para o teto, cansada,  a parte mais simples do quarto, somente trabalhado no gesso um pouco mais escuro que as paredes do quarto, ardonado somente por um lustre dourado no centro.