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Mas aconteceu de o pequeno príncipe, após vagar por areias, rochas e neves, finalmente descobrir uma estrada. E todas as estradas levam aos homens.

– Bom dia – ele disse.

Era um jardim de rosas.

– Bom dia – responderam as rosas.

O pequeno príncipe observou-as. Eram iguaizinhas à sua flor.

 Eram iguaizinhas à sua flor

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– Quem são vocês? – perguntou, atônito

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– Quem são vocês? – perguntou, atônito.

– Somos rosas – apresentaram-se as rosas.

– Ah...! – fez o pequeno príncipe.

E sentiu-se imensamente infeliz. Sua flor afirmara que era a única de sua espécie no universo. E eis que havia cinco mil, todas iguais, num único jardim!

"Ela morreria de vergonha", ele pensou, "se visse isso... tossiria escandalosamente e fingiria morrer para escapar ao ridículo. E eu terminaria obrigado a fingir que cuidaria dela, senão, para me humilhar também, ela murcharia de verdade..."

Também pensou: "Eu me julgava rico ao possuir uma flor única, quando possuo apenas uma rosa comum. Isso e três vulcões que me batem no joelho – um dos quais, talvez, esteja extinto para sempre – não fazem de mim um príncipe lá muito importante..." E, deitado na relva, chorou.

O Pequeno Príncipe (1943)Where stories live. Discover now