Count On Me

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"Se algum dia você se encontrar preso no meio do mar, eu velejarei pelo mundo para te encontrar.
Se algum dia você se encontrar perdido no escuro e não puder enxergar, eu serei a luz a te guiar.
Descobrimos do que somos feitos quando somos chamados para ajudar nossos amigos em necessidade.
Você pode contar comigo como um, dois, três
Eu estarei lá.
E sei que quando eu precisar posso contar com você como quatro, três, dois
E você estará lá.
Porque é isso que os amigos devem fazer."
– Count On Me (Bruno Mars).

Storyteller's point of view

Um novo dia se iniciava e consigo trazia um calor já costumeiro na cidade de Miami, o sol reluzente aquecia os moradores e o céu estava digno de ser fotografado, era um belo dia, perfeito para ir à praia ou fazer qualquer atividade ao ar livre. Entretanto, Camila se sentia introspectiva e com uma vontade mínima de sair de casa, o que não era normal em seu caso. Junto com o sol, o novo dia trouxe novas perspectivas à latina, assim como o resto da cidade, seus pensamentos e sentimentos foram clareados.

Camila estava sentada em frente à janela da sala, observando a cidade ganhar movimento novamente enquanto era aquecida pelos raios solares que atravessavam o vidro, esteve naquela mesma posição desde que Lauren a deixara, na noite passada, após conversarem. Ela viu a morena sair de seu apartamento com um semblante mais calmo e relaxado, como se tivesse tirado um peso dos ombros depois de ter o pedido de desculpas aceito, enquanto ela própria assumia uma postura tensa e retraída, graças a sua recém descoberta. Nunca pedira por sentimentos românticos, nunca quis se apaixonar ou amar, mantivera uma distância segura de possíveis acidentes sentimentais, e agora estava presa em tal emboscada, a paixão havia a laçado firmemente e ela não sabia como escapar.

O toque do despertador do celular soou de cima da mesa mas ela já estava acordada, não conseguira dormir sequer um minuto desde a noite passada, então apenas levantou e foi para o banheiro, lutando contra a enorme vontade de ficar em casa remoendo seus sentimentos. Tomou um banho gelado para acordar de vez e não se produziu muito naquela manhã, amarrou os cabelos em um coque alto e pegou um óculos escuro para tampar as possíveis olheiras. Uma xícara fumegante de café foi tudo o que ingeriu antes de sair do apartamento, o trajeto até a faculdade foi feito com seus pensamentos voando alto, todos embaralhados e confusos, de uma forma que nem ela própria sabia distinguir o que pensava de fato. Passou o dia todo daquela forma, totalmente área e calada, falando apenas quando necessário, o que chamou a atenção tanto de Ariana quanto de July, que estavam acostumadas com a Camila falante.

Quando chegou em casa, já no início da noite, encontrou Dinah arrastando algumas caixas para fora do apartamento com a ajuda de Normani e Ally, havia uma pilha de caixas perto da porta do elevador, organizadas de forma que não atrapalhasse a circulação de quem entrava e saía do elevador. Ally foi a primeira a notar Camila e foi logo sorrindo em sua direção.

— Está tudo bem? - a loira questionou ao notar o sorriso murcho no rosto da latina. Normani e Dinah, em uma sincronia perfeita -e assustadora- viraram-se para Camila.

— Apenas cansada. - Camila encolheu os ombros e olhou rapidamente para as caixas, logo erguendo o olhar para Dinah. — Precisa de ajuda com alguma coisa?

— Não precisa se preocupar, Chancho, vá descansar. - ela sorriu de leve e apontou com a cabeça em direção das caixas. — Só iremos guardá-las dentro do van e voltaremos, jataremos pizza hoje, espero que não se importe.

— Pizza parece ótimo. - Camila acenou com a mão para as garotas e entrou no apartamento.

— O que aconteceu com ela? - Normani perguntou acompanhando a amiga com o olhar até ela sumir de vista. Dinah suspirou alto.

Carpe Diem [Intersexual] - FINALIZADAWhere stories live. Discover now