Carpe Diem [Intersexual] - FINALIZADA

Conversation

N/A: Hello Hello, tudo bem com vocês? Nem demorei né?
Então, nesse capítulo não tem música porque não consegui pensar/achar nenhuma que se encaixasse, isso porque esse capítulo é mais como uma ponte para o próximo, e o próximo vai estar bombástico e fofo.

Votem e comentem bastante para que eu poste o próximo rs.

Ps: não lembro se revisei ou não, então qualquer erro ignore.

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Storyteller's Point of view

A empatia é o ato de colocar-se no lugar do outro para assim ter uma visão geral da situação ou pensamento, é você colocar suas crenças e opiniões de lado e tornar-se imparcial em determinado assunto para conseguir entender a opinião do outro. Em teoria, ser uma pessoa empática não é algo difícil, é um sentimento que deveria vir com todos desde o momento do nascimento. Na prática, no entanto, não é tão fácil quanto aparenta.

Vejamos se você seria empático nesse caso; há uma mulher que você não conhece muito bem, tivera pouco contato com ela desde que foram apresentadas, ela parece uma pessoa legal mas com um passado estritamente misterioso, que sequer pode ser questionado. Essa mulher em questão, se aproxima de sua melhor amiga, aquela garota que você conhece há anos e ama como se fosse de sua família, a mesma garota que secou todas as suas lágrimas e não te abandonou nem nos piores momentos de sua vida, e nisso acaba conquistando o coração dela. No início você não se preocupa, mesmo que esteja receosa com o rumo daquele relacionamento, mas então descobre de súbito que aquela tal mulher tem um vício, -até então secreto-, em drogas e que há motivos obscuros por trás de todo o segredo sobre seu passado.

De um lado temos sua amiga, a garota que jurou proteger para sempre, apaixonada por uma mulher que mal conhecia e sequer correspondia os sentimentos. Do outro lado temos a mulher desconhecida, cujo o passado é tão secreto quanto um segredo de estado, e que tem um vício em drogas e pode ter uma recaída a qualquer momento, sem contar que não há como imaginar a personalidade que ela adota quando está drogada, ou até mesmo durante uma crise. Nesse caso, você veria de forma empática e se solidarizava com a mulher desconhecida, ou faria o que sempre prometeu e tentaria proteger sua amiga desse destino incerto? Na concepção moral e humanitária, não seria correto julgar ou até mesmo se afastar de alguém por qualquer tipo de doença, sendo ela física, mental ou psicológica, e parece óbvia a escolha que deve fazer. Mas, se toda a situação fosse com você e sua melhor amiga, o que você faria?

Dinah Jane se via em um impasse ético e emocional, não sabia se dava vazão à sua moral ou ao coração, cada um dando uma solução contrária da outra e nenhuma delas sendo, de fato, correta. Fora criada por uma família grande e amorosa, onde os valores éticos eram pregados como uma religião, não era uma pessoa ruim ou egoísta, mas ainda estava presa em certos paradigmas impostos por uma sociedade defasada. Um viciado, seja lá sua história, ainda assim era um viciado, certo? Independente do caminho que levou aquela pessoa ao vício, ainda assim com certeza haviam outras opções, e era impossível alguém entrar naquela vida sem saber das possíveis consequências, não é? Se Lauren sabia que podia se tornar viciada, que aquela droga não faria bem algum à sua saúde física e mental, e ainda assim continuou usando, então ela deveria colher as consequências de seus atos, mesmo que estivesse arrependida ou que elas fossem injustas?

Não era uma situação fácil, era algo muito mais complexo e profundo do que aparentava, era algo que poderia mudar completamente o destino de duas pessoas, e uma delas era sua melhor amiga. Era ter que lutar contra vários pensamentos implantados por um consenso geral, era esmagar toda sua superproteção até torná-la pequena demais para ser guardada em uma gaveta em seu cérebro, era correr o risco de não impedir um coração quebrado...Ao mesmo tempo que era não ficar no caminho de uma possível redenção a alguém, de não ser a vilã que atrapalha uma história de amor e, acima de tudo, de respeitar as decisões de alguém, mesmo que não concorde com elas.