Isabella havia me ligado umas 50 vezes, eu tive que conter a minha raiva e ir até seu apartamento. Ao chegar lá, tive a impressão de que um furacão havia passado ali. Fazia algumas semanas que eu não a via, e ela estava em um estado deplorável.
— Vai se casar amanhã? — a pergunta saiu de sua boca com voz de desgosto.
— Sim, não sei porque esse show todo, se o que eu tinha com você já acabou. — digo a levantando. — Que merda está acontecendo com você? — sussurro jogando seu cabelo para trás da orelha.
— Estou perdida... — sua voz falha e ela se joga no chão novamente.
Então, vejo um papel jogado no chão. Suas mãos tremem e sua voz vacila, quando ela grita e tenta puxar da minha mão. Comecei a ler, e a minha mente se firmou em uma única palavra POSITIVO, senti náuseas. Olhei incrédulo para Isabella que chorava sem cessar, ela temia o pior. Larguei o papel e andei de um lado para o outro, revendo o que eu poderia fazer. A opção de matar ela e meu filho que está em seu ventre, não é uma opção para mim. Mas se a cápsula descobrir, ela está morta.
Sinto náuseas, me sento na cama desnorteado. Como deixei as coisas chegarem a este ponto? Ela tomava remédio, fazíamos exames todos os meses e eu usava camisinha, sempre.
— Como isso aconteceu? — perguntei com a voz falha.
— Estou com três meses, eu já desconfiava, mas tive medo de te falar. Foi na nossa viagem para Nápoles, bebemos e eu esqueci de tomar o remédio e não usamos camisinha. — ela gemeu as palavras, sua voz estava embargada.
— Não é possível! Eu te avisei tantas vezes, Isabella. As consequências de um filho, caramba! — gritei jogando minha frustração em cima dela.
— Vai me matar? — perguntou vindo até mim ajoelhada. — Por favor, Lorenzo, pelas nossas aventuras, não faça isso...
— Se eu quisesse te matar, você estaria morta. — digo. — Vou pensar em uma solução e depois do meu casamento eu volto aqui.
— Ainda vai se casar.. — questiona, agora é a minha vez de rir.
— E o que achou? Que vindo até mim e dizendo que está grávida, que eu deixaria de fazer o meu dever? Eu vou me casar com Alice, ela é uma mulher maravilhosa. — murmuro me levanto com desgosto.
— Você é um canalha... — a puxo pelo braço, arranco a arma da minha cintura apontando na sua testa.
— Eu seria um canalha, se eu te matasse... Depois de noites longas de amor que vivemos, eu não faria isso com você. Eu gosto de você, Isabella. — digo a verdade, só não gosto o suficiente para largar minhas obrigações como Capo para tê-la.
— Então, não se casa. Fica comigo. Larga tudo, vamos embora para qualquer lugar do mundo. — diz afastando a arma da cabeça dela.
— Faça me rir, Isabella. — vejo seus olhos transbordarem. — Você é uma garota ingênua, ou se faz? — pergunto me levantando. — Dê graças a Deus, por ninguém saber dessa gravides, e se sinta lisonjeada de eu ter pena de você e não cometer uma atrocidade. Agora estou indo, e depois da minha lua de mel com Alice eu volto.
Sai do apartamento dela o mais rápido possível, liguei para meu pai e Mattia para sairmos para beber.
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(Imagem ilustrativa)
Já havia passado as 13:30min, e meu nervosismo estava demais. Quando eu a vi entrando na igreja, me senti o homem mais sortudo do mundo. Sorri sem desviar meus olhos dos seus, ela estava linda. E nenhum arrependimento eu tinha, mesmo depois do que ela fez. Seu pai me entregou a mesma, dizendo em meu ouvido para eu cuidar dela, se eu a magoasse eu era um homem morto. Quis rir, mas me contive.
A cerimônia havia começado, demos nossas declarações e dizemos um monte de mentiras. Afinal, não fazia nem um mês que havíamos nos conhecido. Alice me olhava com alegria, não havia tristeza em seu olhar.
— Se a alguém no nosso meio, que tenha algo contra esse casamento. Fale agora ou se cale-se, para sempre.
Um aperto no peito, uma angustia me tomou. Logo a porta da igreja que havia sido fechada, foi aberta abruptamente. Me dando a visão de uma Isabella totalmente sofrida, ela estava com o olho roxo e seu corpo todo machucado como se alguém tivesse batido nela. O que aconteceu, ontem ela não estava assim?
— Eu tenho algo a dizer! — ela gritou, enquanto vinha até o altar, olhei aflito para meus pais. — Esse canalha, tentou me matar ontem.
Meus olhos se arregalaram, automaticamente desci até ela, fui puxado por Mattia. Me segurou com força, meus olhos percorreram toda igreja, todos me olhavam como se eu fosse um monstro.
— Eu estou grávida de três meses, e por culpa disso, ele tentou contra minha vida. — Isabella gritou rodeando com o papel.
Sem saber o que fazer, eu olhei para meu pai, que caminhou até os líderes da cápsula. Talvez tentando interceder pela vida dela, que está cometendo o maior erro da vida dela. Podendo por um fim na sua vida, e na vida do nosso filho.
— Que merda é essa? Eu devo dizer que está ficando louca, Isabella?? — questiono enfurecido. — Quem fez isso com você?
— Foi você mesmo, não se faça de inocente Lorenzo. Vai negar que foi ontem me ver? Que apontou sua arma para mim? — apontou para a cabeça, eu neguei, levemente nervoso.
— Levem ela daqui! — meu pai gritou para os seguranças, já apostos, caminhei até ele.
— Vão matá-la? — questiono nervoso, pela vida do meu filho.
— Não está na hora de falarmos disso, a decisão vai ser sua, depois do casamento Lorenzo. — grunhiu com raiva. — Foi você que fez isso com ela?
— Não pai, não gosto de bater em mulher! Nunca fiz isso, eu juro.
— Ok, então vamos descobrir o que está acontecendo. Agora volte para o altar, e termine este casamento de uma vez.
Voltei para o lado de Alice, que estava com os olhos transbordado de lágrimas. Ela estava com o pensamento longe. Tive que segurar para não dizer a verdade, olhei para o padre e mandei ele continuar.
— Sendo assim, pode beijar a noiva! — a puxei para perto de mim, segurei seu rosto e beijei.
Um beijo sem desejo, sem emoção, só havia desgosto de ambas partes.
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Quem disse que eu me aguentei? Mudei o desafio de capítulo, estou tão ansiosa pelos comentários de vocês que resolvi postar e passar o desafio para este capítulo.
Vamos de desafio.
Temos em média 600 leitores deste livro, então vamos começar de baixo.
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120 votos e posto o próximo cap
Se não chegar, o capítulo será postado somente na próxima sexta.
