Capítulo setenta e três- ✬times square✬

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✬Música: Falling Like The Stars - James Arthur

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UM MÊS E MEIO DEPOIS

Nathalie Fiorentini

   Um mês e meio se passaram depois de todo o acontecido. Nesse período parecia que as cores da vida haviam entrado de férias e deixasse somente o cinza consumir meu campo de visão, tornando tudo sem vida e morto. Eu não saí de casa pra nada, nem trabalhei e quase não vivi. Deixei de comer por alguns dias e só fiquei trancada dentro de quatro paredes, sem ver o verde por um bom tempo. Emagreci muito e fiquei com olheiras enormes, quase bueiros fundos e escuros.
   A casa havia ficado fúnebre.

   Andrew não largou minha mão em nenhuma vez, até tirou férias do seu trabalho para ficar comigo e não me deixar sozinha. Não digo que estou com depressão total, mas acredito que parte de mim ainda esteja no escuro e perdida. Minha filha anda sendo uma das minhas maiores motivações de continuar a seguir em frente e tentar superar, mas as vezes não é tão possível como dizem. Quando se é mãe, seu filho nunca morre, mesmo não nascendo, mas sempre sente o vazio que ele iria preencher. É duro!

   Fico triste em imaginar que essa casa, que antes tinha um astral exorbitante, está sem vida e entristecendo todos. Parece que o motivo de tudo isso está aqui, sentada em uma cama com as cobertas até acima do joelho, os braços e ombros murchos e magros, olheiras fundas e cabelos amarrotado. Ou seja, eu. A tristeza em pessoa. Eu. Que responsabilidade...

   O aniversário de Antonella se aproxima cada vez mais e imploro para mim mesma conseguir me recuperar e lhe dá a melhor festa do mundo, já que ela não sabe o que é isso desde os seus cinco anos de idade. Passamos por muitos problemas e desde a separação de mim e Andrew, a garota não quis mais ter aniversário. Para ela, não faria sentido comemorar a vida sem a presença dos seus dois maiores motivos de existir. Sempre foi esperta! Por isso, imploro mentalmente para que eu me recupere e lhe dê a melhor festa, agora dando a oportunidade de ter seus pais juntos e lhe prestigiando. A felicidade dela é o motivo pra me não ter desistido.

   Andrew tem sido parceiro até demais e tenta me convencer todas as noites que, o que acontecer, Antonella se contentará muito bem e que entenderá perfeitamente. Ele conhece a filha dele e me assegura com isso. Ele ama ser pai, com certeza sua vontade de fazer algo para agradá-la é gigante, mas não quero que ele a contente com isso. Eu quero lhe dá uma festa de aniversário!

   Por um momento desse mês que sofri tanto, meu medo foi que Andrew desistisse de mim por me ver quem havia me tornado, quase uma morta-viva. Sua feição podia morrer, seu encanto e até a vontade de conversar comigo, já que quase todas as noite eu choro... mas não, ele ainda se conserva ao meu lado e parece muito satisfeito. Como eu queria lhe dá mais do que isso!

   Como de costume, estava no quarto e só esperando as horas passarem para a noite cair e iniciar tudo novamente no outro dia. Andrew estava lá embaixo com Antonella, já que a mesma havia entrado de férias nessa semana e tinha o pai como amigo e companhia no vídeo game. Eu não posso atrapalhar isso, não é justo querer a atenção toda de Andrew e deixar a menina para lá, mesmo ela sabendo que eu preciso. É normal e eu aceito.

O Sócio do Meu CEO ━ Volume 1Onde histórias criam vida. Descubra agora