Capítulo 34

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Jimin.

Ao anoitecer o Dr. Mark me encontra na sala de emergência.

– O seu paciente já está no quarto — o Dr. Mark me informa — O pai dele toda hora pergunta por você, eu disse que você está no centro cirúrgico.

— Obrigado Mark! — suspiro cansado — Eu não estou com cabeça para mais uma discussão que não me levará a lugar algum. É triste quando todo mundo resolve decidir por você o que sentir, como sentir, o que vê ou a forma de enxergar aquilo que está diante dos seus olhos. Eu tô cansado de tudo isso! 

— Calma,meu amigo! — Mark dá um tapinha em meu ombro — Infelizmente é assim mesmo... Faz muito bem ficar distante, principalmente com psicológico tão abalado como você está. Eu vi o quanto você lutou para mantê-lo vivo. Amanhã, descansa bastante e quando voltar eu creio que você estará bem melhor, aí vocês conversam.

— É justamente o que farei, não pretendo ter outro confronto hoje — passo a mão na cabeça jogando os cabelos para trás — A situação é muito mais complicada do que você imagina.

— Eu percebi que há uma certa intimidade entre você e essa família, pelo jeito que ele te trata e o jeito que você ficou quando viu quem era o paciente — Mark se senta sobre a minha mesa — Sempre que eu abro a porta o pai do paciente me olha esperando por você.

— O paciente é meu ex namorado — falo apoiando a minha cabeça nas mãos — Eu tive uma pequena discussão com o pai dele logo que chegou... Como se não bastasse todo o estresse do centro cirúrgico.

— Você foi muito valente ao entrar no centro cirúrgico com toda essa adrenalina — Mark me olha surpreso — Sinceramente, eu não sei se conseguiria.

— Foi justamente a adrenalina que me sustentou — afirmo _ Eu queria ter certeza que eu fiz o que podia e o que estava ao meu alcance para salvá-lo. Eu tive muito medo de perde-lo naquela hora.

— Então, isso quer dizer que ainda há esperança? — Mark me pergunta.

— Eu não diria esperança, pois ela morreu junto com o relacionamento — Me levanto — Só sei que ainda há muitos sentimentos.

Saio da sala  e vou fazer uma ronda pelos quartos. Não há como fugir, terei que fazer o meu trabalho. Independente de sentimentos, aqui ele é meu paciente e minha responsabilidade. Aqui é o meu trabalho onde sou o Dr. Park.

Entro no quarto e sou recebido pelo Sr. Jeon que ainda está acordado.

— Jimin, eu quero te pedir desculpas... — o Sr. Jeon diz logo que eu entro — Eu não tenho...

— Sr. Jeon, me desculpe — Não permito que ele continue — O senhor precisa entender que aqui é o meu local de trabalho, a minha vida pessoal fica do lado de fora. Então por favor, esse assunto está encerrando. Peço sinceramente que me desculpe, mas não posso misturar as coisas. Enquanto o seu filho permanecer neste hospital, ele é o meu paciente e o meu assunto com ele e a sua família será somente como médico.

Me afasto e vou até a prancheta verificando todas as anotações da equipe de enfermagem.
Verifico os sinais vitais sendo acompanhado de perto pelo Sr. Jeon. Após examinar o paciente volto a minha atenção ao seu pai.

— Vamos lá... O paciente sofreu uma lesão na costela, que atingiu seu fígado. Durante a cirurgia sofreu uma parada cardíaca — passo toda a informação do prontuário médico — Sendo assim ele ficará sob nossos cuidados até que esteja bem. Amanhã pela manhã passarei por aqui para ver como ele está. Boa noite.

Sigo a ronda noturna, em seguida retorno para a sala de emergência.

A madrugada foi tranquila, tive tempo de descansar algumas horas na sala de repouso.

𝑺𝒐𝒎𝒆𝒐𝒏𝒆 𝒍𝒊𝒌𝒆 𝒚𝒐𝒖. (𝑱𝒊𝒌𝒐𝒐𝒌) ( Concluída)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora