Capítulo V

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[ ALGUNS MINUTOS ANTES ]

   
       Sehun aguardava pacientemente o elevador chegar no seu destino. Ele estava indo para o estacionamento e de lá seguiria para fora do país com a consciência limpa de que estava tudo feito assim como foi pedido. Caminhou em direção ao seu carro e tirou a chave do bolso, abrindo a porta, sentindo uma sensação de ser observado e posteriormente escutando passos indo em sua direção, não só um como vários.

— Oh sehun, não é? — a voz chegou rapidamente nos ouvidos dele, não se virou, manteve seus pés e corpo onde estavam.

— Posso saber pra qual finalidade quer saber? — Respondeu com uma pergunta. Precisava tirar mais informações possíveis de quem estava na sua cola.

— Pretendo acabar com sua vida.

— Sabia que muitos falaram isso mas não viveram pra torná-la realidade? — pelo canto dos olhos visou as sombras que se acumulavam em seu derredor. Travou o maxilar e lambeu os lábios, redirecionando seu corpo em direção a eles. — Muitas putas disfarçadas de homens — riu, cruzando seus braços.

— Vou fazer você engolir suas palavras e seu próprio sangue quando estiver morto — intimidou, ou tentou. Aquilo nem fez cócegas no ego inflado do oh.

— Gosto de entrar pra uma briga quando tem desafios, ainda mais se for com covardes como vocês — Olhou para cada um, mesmo com mais de seis homens prontos para espanca-lo até a morte, não fugiria, não era disso. — Eu, oh sehun — colocou as mãos para trás do corpo — Vou propor um acordo de homem para homem...

— O que…— foi interrompido.

— Shii… — levantou o dedo, pondo sobre seus próprios lábios, inclinando um pouco o tronco para frente — Quando o burro fala o outro abaixa a orelha, já ouviu esse ditado? — Sehun encarou o que tentou falar — Continuando onde eu estava... — Pensou e finalmente continuou: — Ah, sim, como somos homens, acredito eu — riu mais uma vez olhando para eles — Vou propor que larguem suas armas e lutem como verdadeiros homens, punho no punho, o sangue fresco na mão me dá uma adrenalina incontrolável, você não imagina — sorriu, mostrando seus dentes branquinho.

— Acha que somos o que? — fez menção de ir para cima, contudo, um deles o segurou, sussurrando algo em seu ouvido e em seguida se virando para sehun. — Tudo bem, mas você também vai lutar desta maneira, caso não seja assim não iremos recuar.

— Opa — levantou as mãos, mostrando que estava limpo de qualquer arma — Pode ter certeza, eu vou entrar no jogo — estalou os dedos e posteriormente o pescoço. — Quando iremos começar?

— Você é um merda — deu passos lentos e começou a correr em direção a sehun que não pensou duas vezes em correr também, socando seu estômago e partindo para os demais, segurando a mão de um deles, chutando suas pernas para que caísse de joelho e assim dando uma chave de perna no pescoço dele, pondo-o para dormir.

— chama isso de lutar como homem? — Mais quatro homens apressaram rumo a ele, o menor se achegou, desferindo socos em sehun que foram defendidos pelo mesmo. O Oh se afastou um pouco, caminhando ate ele, chutando o queixo do oponente com toda força em um impulso preciso, ouvindo o barulho da mandíbula dele se quebrando. Mudou sua trajetória, aplicando um chute lateral naqueles que tentavam o fechar por trás, esmagando a face dos que ainda tentavam levantar.

Deu um passo e ficou de lado, criando uma linha lateral em direção ao braço de um dos homens, e mais adiante, acertando o punho rapidamente na barriga de um deles, acrescentando uma cotovelada de brinde na área da nuca. Mais um avanço e deferiu uma joelhada no quadríceps, escutando-o gemer alto. Mudou sua rotatória e desviou das investidas sujas, atingindo a face e a cabeça, bloqueando o golpe que vinha da esquerda com a mão direita e contra atacando com a outra mão o ponto macio logo abaixo do esterno, girando a cintura, incapacitando o último deles tão efetivamente quanto um golpe na virilha.

— Vocês me fizeram perder tempo? — pontapeou o que já estava no chão, negando com a cabeça que tinha gastado suas energias para nada.

— Miserável…— proferiu com dificuldade, sehun foi até ele, se abaixando, segurando o homem pelo pescoço — Não ache que acabou, de qualquer forma…— Falou com dificuldade — você e a loirinha vão morrer, quando a bomba explodir não só vão ser vocês como todos que estiverem por perto

— Bomba? — franziu a testa. Aquilo não poderia acontecer, muitas vidas inocentes morreriam com o impacto, querendo ou não agora teria que voltar e comunicar a garota, os dois tinham experiência o suficiente para resolver esse problema. — Onde está a bomba? — liberou o pescoço dele de suas mãos — Qual é o prazer de matarem quem não tem nada a ver com isso?

— Culpa de vocês, a escolha é se entregar a morte, mas vocês não querem e não restou opções — o oh deitou sua perna em cima do pulmão do homem, pressionando-a contra a suficiente, vendo que ele reagia com a dor.

— Me diga, onde está essa maldita bomba? — Novamente indagou — Não vou te dá o prazer da morte, não antes de me contar onde está a bomba? — pressionou uma última vez? — fale de uma única vez!

— Não! — gritou.

— Não? — Removeu a pistola do bolso da sua jaqueta, enfiando na boca do sujeito. — Me conte onde está a porra da bomba? — Falou firme em suas palavras, sentindo seu sangue ferver dentro dele. O homem o olhou com expressão vaga, ele não responderia facilmente — Então será assim? — Tirou a arma de onde estava e apertou contra a coxa do mesmo, atirando a queima roupa. Ouviu gritar, com certeza aquilo doía o suficiente para ele suplicar pela morte. — Se você não falar o próximo será em outro lugar mais sensível e com certeza, você pedirá aos céus pra nunca ter nascido.

— T-Tudo bem — respirou com dificuldade. — A bomba está na tubulação de ar, no topo de prédio que dão na ala de combustão.

— Agora morra lentamente desgraçado — se ergueu, deixando-o apodrecer junto com os outros. Voltou para o elevador, visando por uma última vez aquele ambiente e os corpos espalhados pelo chão, lutando dentro da sua própria para lembrar o número que a garota tinha solicitado.

Passou por três andares até finalmente encontrá-la. Poderia ser besteira, mas gostou de vê-la mais uma vez.

— Lalisa? — as portas se abriram e ele deu de cara com ela.

ᴅᴀɴɢᴇʀᴏᴜs ʟᴏᴠᴇWhere stories live. Discover now