⊹ 03 - without me. ⊹

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🐥📚🐰

Dei ao amor umas cem tentativas
Apenas fugindo dos demônios em sua mente
Então eu peguei os seus e os tornei meus
Eu não percebi, porque meu amor era cego.

— Without Me, Halsey.


Jimin não ligou para o namorado desde o ocorrido, deixou passar um certo tempo até que o mesmo pudesse esfriar a cabeça para poderem conversar calmamente, do jeito que o loiro preferia.

Quando o céu estava prestes a escurecer, decidiu, então, finalmente ligar para Jihoon. Ele demorou para atender como na maioria das vezes, tanto que o loiro quase desistiu. É, deduziu que ele definitivamente ainda deveria estar bravo para chegar ao ponto de não querer atender nem suas ligações persistentes.

Contudo, enfim atendeu e Park arregalou os olhos.

Jimin?

Sim, sou eu. Eu quero conversar, onde você está? — perguntou, arrumado, já se levantando do sofá para ir até onde ele estivesse.

Ah... Eu? Eu.. — hesitava, não parecia tão invocado. — "Quem é, Jihoon-ah?" — ouviu a voz de outro homem, e logo em seguida, de uma mulher que falava algo que Jimin não havia entendido. — Agora não dá, depois conversamos. — desligou.

— Lee Jihoon! — o chamou, mas a ligação já havia sido desligada. Jimin sentiu raiva e logicamente desconfiou, portanto não pensou duas vezes ao ir com a roupa de frio bem fina que estava e sair assim mesmo atrás do namorado.

Park sabia exatamente todos os lugares que Jihoon costumava ir, ainda mais quando estava bravo ou triste com alguma coisa. Provavelmente, ele havia ido beber, era nisso que afundava suas emoções ruins.

O fato é que, Jimin nunca sequer pensou que Jihoon pudesse o trair com alguém, e pela última ligação, pôde desconfiar. Mas ainda assim, não achava possível. Afinal, Jimin era um namorado tão ruim assim? Ou então, ele não era atraente o suficiente? Bom o suficiente?

Tudo bem, ele estava ficando paranóico. Era loucura tomar decisões tão precipitadas sem ouvir todo o desfecho da história.

E o loiro era calmo até certo ponto, ele sempre arrumava uma forma para se acalmar ou então, não pensar coisas ruins. Ele tinha em mente que era bom para o namorado, que não fazia nada que pudesse deixá-lo decepcionado intencionalmente.

Parou o carro pela quinta vez, em um outro local que desconfiava estar o namorado. Desceu e foi até a barraca cheia de adolescentes rebeldes, alunos de faculdade e alguns adultos após um dia de trabalho, onde costumavam beber e se acabar ali. Como imaginava —mesmo não sendo de seu agrado—, Lee Jihoon estava ali, em uma mesinha.

Mas não estava sozinho, estava com um cara e uma garota também. Talvez fossem eles que interromperam a ligação.

— Faríamos um trio maravilhoso, hein? — o ruivo dizia e Jimin ouviu muito bem assim que se aproximou. — Posso ajudar? — perguntou, levando o olhar ao loiro. No mesmo instante, os outros dois viram Park os encarando em frente a mesinha. Jihoon se levantou rapidamente.

— O que pensa que está fazendo aqui? — perguntou, impaciente. — Eu disse pra conversarmos depois.

— E o que é isso? A bebida não era suficiente? Veio procurar por outras pessoas?!

— Me diz você, hoje mesmo saiu com um marginalzinho qualquer!

— O que?! Eu estava trabalhando, Jihoon! Ele precisava de ajuda, ele-

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