How long will we let it go?

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Sweetie Little Jean 

Capítulo 3

and they've knocked on every door
every place you've been before
how long will we let it go?

Baekhyun estava em seu quarto, com os fones nas orelhas e o notebook no colo. Alheio aos seus arredores, ele se concentrava em alternar entre a xícara de café matinal e o documento aberto na tela. Até que, em meio ao período quieto em que uma música trocava para outra, ele ouviu um som familiar vindo do quarto do Park. Deixou o computador de lado e deu as clássicas duas batidinhas na porta branca ao lado do estúdio em que estava antes, sem resposta, seguiu em frente. Quando a abriu, o homem ainda dormia de bruços na cama de solteiro, com o cobertor sobre metade de seu corpo. O mais velho abriu um sorrisinho ao perceber que ele babava sobre o travesseiro e os cabelos pretos estavam esparramados sobre este último. 

— Chanyeol? — Baekhyun lhe cutucou. — Acorda. Seu celular tá' tocando. — Ele se afastou.

E o diretor não tinha como saber, mas antes de ter sido acordado, ele estava sonhando. Na imaginação do Park, ele voltava para casa de seus pais e os dois pediam perdão. Tudo voltava ao normal, e eles celebravam o Natal juntos, com uma ceia grande, a família toda reunida e a avó fazendo cafuné nele enquanto perguntava sobre a tatuagem. Até que a voz do Byun lhe arrastasse para fora daquele pesadelo disfarçado e o fizesse esquecer de tudo em um abrir de olhos. 

Chanyeol deslizou para fora da cama e coçou os olhos preguiçosamente antes de tatear o chão, à procura do aparelho celular que havia deixado na tomada durante a noite passada. Quando o alcançou, este ainda estava tocando. No visor, o nome de Minseok estava estampado. 

— Alô? — Sua voz estava rouca e baixa. Ele falava sentado no chão e com os olhos fechados pelo cansaço. Em algum momento, Baekhyun havia deixado o quarto.

 Você não vai acreditar! — O amigo exclamou do outro lado da linha.— Eu salvei sua pele, Park! Mostre gratidão e se curve para seu líder. — Ele riu. Chanyeol murmurou um "hm?" confuso. — Te arrumei um emprego no bar do meu pai, Chanyeol. O salário não é dos melhores, mas deve te ajudar. Fora que você terá algo para fazer, só precisa estar livre durante à noite. Você quer? — O sono foi espantado após as palavras "emprego" e "Chanyeol" serem ditas na mesma frase. Quase não podia acreditar.

— E-eu… Caramba, Minseok, cacete! É claro que eu quero! Caramba, não sei como te agradecer, eu só... simplesmente… caramba. — O outro riu.

— Tudo bem. Eu sei. Eu perguntei pro meu pai, ele disse que o bar vai ficar aberto no ano novo, se você quiser aparecer, tudo bem! Se não, pode esperar até a próxima semana. A verdade é que você só vai ser uma ajuda extra, então o horário é mais flexível.

— Eu com certeza vou! — Não tinha outro lugar para ir, de qualquer forma, e tinha certeza que Baekhyun não fazia questão de que passassem o feriado juntos. — Obrigado, Minseok. De verdade.

 Estou sempre aqui, Chanyeol. Não pude te dar um teto, e você sabe o porque, mas fiz meu melhor para te ajudar, tá bom? E vê se aparece, quero te mostrar minha tatuagem e ver a sua. — O amigo sorriu. O Park não podia vê-lo, mas sabia pelo modo com o qual falava. Estava habituado àquilo, e sentiu uma súbita saudade dos dias em que passava a tarde junto a Sehun e a Minseok.

— Eu sei. Não se preocupe com isso, nós vamos voltar a ficar juntos, eu prometo. — Suspirou, com um sorriso no rosto. — Eu sinto tanto, tanto a sua falta. Sinto falta de tudo, mas principalmente de passar o dia sendo só…

 Um idiota? — Ele riu. — Eu lembro daquelas saidinhas que a gente dava, no ensino médio. Parece que foi há séculos atrás. Nossa amizade nunca mais foi a mesma, é só tão estranho como as coisas foram para fora dos eixos em poucos meses.

Sweetie Little JeanWhere stories live. Discover now