Sweetie Little Jean

Watched your laughter turn to tears

Sweetie Little Jean 

Capítulo 6

Has melancholy taken you for good?
You know that I would save you if I could
Watched your laughter turn to tears

Chanyeol estava suando frio ao lado de Baekhyun. O susto havia ajudado a fazer com que o efeito do álcool diminuísse e, por conta disso, estava quase sóbrio. Yeo-Jeong estava com Junmyeon no banco de trás, ela segurava a mão do marido e tinha uma toalha entre as pernas, a feição em seu rosto só mostrava o quão assustada a mulher estava, e Chanyeol não poderia culpá-la, se também estivesse em trabalho de parto com o hospital mais próximo sendo a uma hora e meia de viagem, também estaria. Eles provavelmente deveriam ter chamado uma ambulância, porém, em meio ao pânico pré-natal de Junmyeon e os gemidos de dor que a mulher soltava, nenhum dos quatro pensou naquilo. Para a sorte de cada um, não estava nevando e o trânsito era quase inexistente por ser de madrugada.

— Não se preocupe, amor, iremos chegar logo — ele afirmava, baixinho, mesmo sem ter certeza. Baekhyun só rezava silenciosamente para que aquela criança não nascesse naquele carro. — Só respire, sim? Respire fundo.

Chanyeol achava que iria morrer do coração. O que iriam fazer se o bebê quisesse sair ali? O sistema do coitado do Park quase não conseguia digerir a informação. Se continuasse daquela maneira, iria entrar em pane mesmo! Caramba, que situação…

Enquanto isso, Baekhyun repensava todos os atalhos até o hospital que conhecia em sua cabeça. Já havia feito o que podia e ainda tinham mais vinte minutos para ir. Com um suspiro, apertou o pé no acelerador e mordeu o lábio inferior, pensando na multa que iria ganhar por atravessar o sinal e sair do limite de velocidade. Certamente não deveria fazer aquilo, mas era uma questão de emergência, porra.

Por sorte, os quatro conseguiram chegar no hospital com aquela criança ainda dentro do útero. Mesmo assim, tiveram que ser levados às pressas pelos médicos e enfermeiras para o segundo andar, de elevador, é claro. Baekhyun e Chanyeol não tinham permissão de entrar no quarto onde Yeo-Jeong estava, então ficaram encarregados de avisar as famílias que o neném estava para nascer. Bem, Baekhyun estava. Chanyeol odiava falar no telefone e ficou andando de lá para cá enquanto não recebiam nenhuma notícia. Cansado de ver o outro agir como uma barata tonta depois de ter sido envenenada, o diretor segurou o Park pelos ombros e o forçou a se sentar em uma das cadeiras da sala de espera.

O tempo passou, vinte, trinta, quarenta minutos. Ninguém da família dos dois havia chegado e nenhuma enfermeira lhes disse nada, para prolongar a agonia. Baekhyun estava igualmente nervoso, mas sabia controlar aquilo e deixar bem menos aparentemente que o Park. Talvez fosse pelo outro ainda estar meio bêbado, quem sabe. 

Os minutos começaram a se tornar horas, e horas, e horas. Chanyeol acabou dormindo no ombro do Byun, e esse também não estava muito longe de pegar no sono ali, naquelas cadeiras de plástico da sala de espera. Faltando poucas horas para o amanhecer, a porta se abriu. Baekhyun foi o primeiro a perceber, e o pequeno pulo que dera na cadeira fora o suficiente para acordar o Park.

— Os dois estão esperando pelo bebê? — Um enfermeiro que havia acabado de sair do quarto perguntou, e lhes deu um sorriso gentil após concordarem. — É um menininho. Parabéns.

Acabaram recebendo a notícia bem subitamente. O enfermeiro também lhes disse que o Kim e sua esposa estavam descansando após a madrugada cansativa, e que era provável que não demorassem muito para estarem despertos de novo, uma vez que a mulher iria precisar se levantar para amamentar o bebê. Dito e feito. Junmyeon saiu do quarto meia hora depois e disse aos dois que eles poderiam entrar, se quisessem, e que não deveriam fazer barulho. Estava perceptivelmente suado e sua roupa, mais amarrotada do que quando entrou. Caramba, dar à luz deveria ser mesmo assustador. Chanyeol e Baekhyun trocaram um olhar cúmplice antes de abrir a porta, com o Byun na frente o aspirante a fotógrafo, medroso e curioso como sempre, atrás.