Sweetie Little Jean

You're the one I love the most

 Sweetie Little Jean 

Capítulo 8

You're the one I love the most

I, I want you back

Let's get back

Lay my weary head against your breast

Where all my troubles will be laid to rest

Se Chanyeol pudesse descrever seus sentimentos durante aquele momento com uma só palavra, esta seria descontentamento. Mas não pensava só nela quando sua cabeça tentava processar o que era dito por seu pai, naquele quarto de hospital monocromático demais. Pensava, principalmente, em aflição, insatisfação, cólera. O homem estava deitado na cama, com agulhas em suas veias, flores no parapeito da janela, silêncio viajando por entre as paredes. A televisão pequena, em cima de uma cômoda, anunciava as notícias. Chanyeol não acreditava no que via, e nem no que ouvia. Talvez só não quisesse o fazer.

— Está vendo, não está, Chanyeol? — Ele apontou para a tevê. — É você, não?

Engoliu em seco. Baekhyun estava ao seu lado, parado em frente a Sung-jin, as unhas sendo roídas pelo nervosismo. Ele alternava o olhar entre o pai do Park e a televisão.

— E-estou. — Se amaldiçoou internamente por gaguejar. — Sou eu.

Estava frio. Apesar do aquecedor, estava fazendo muito frio, e a culpada não era a neve. 

— Já fez o que queria? É o suficiente para você perceber no que está transformando sua vida? — Vociferou, o olhar focado no filho. 

Na televisão, o nome de Baekhyun era proferido. O da revista em que trabalhava também. Aquilo poderia muito bem lhe levar ao desemprego, e sabia disso.

“Fotos do ex-modelo e atual diretor de artes da Black and White em momentos obscenos no terraço da empresa são postadas em tablóide.”

E então, eles mostravam as fotografias. Chanyeol só estava com a cabeça em seu colo, caramba. Ele estava bêbado. Baekhyun nunca faria aquilo, nunca. As imagens haviam sido tiradas por trás, então uma visão errada era tida; mas não era verdade. Mesmo que ambos soubessem disso, quem acreditaria? A versão mais interessante era sempre a mais crível.   

O homem mais velho suspirou.

— Quando eu sair deste hospital, vou parar de beber. — Prometeu. — Tem dinheiro na bolsa, Chanyeol.

— Eu não preciso.

— Quero que pegue. — Apesar de tudo, ele estava sendo honesto. — Não gosto de você ser bicha. Mas não vou te proibir de ficar com esse daí — apontou para Baekhyun. — Se é o que quer. Se for preciso, irá se ferrar na mão desse homem até entender que não é essa vida que Deus escolheu para você. Deveria comprar um par de óculos novos, talvez dessa forma consiga enxergar, quem sabe.

— O que está dizendo? — Tremeu, os punhos cerrados ao lado do corpo.

— Estou dizendo que, se voltar para casa, pode ficar com esse daí, mas com regras. Não quero vê-los juntos, nem de mãos dadas, muito menos se beijando, qualquer coisa do tipo. Ninguém poderia saber. Sem demonstrações em público, e ele não poderia entrar no seu quarto também. — Tomou fôlego, porque ainda parecia ser difícil falar. — Mas estaria com sua família. Com sua irmã, que sente sua falta. E eu acredito que, em algum momento, isso tudo vai acabar.