[05]- Cicatrizes são lembretes.

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Aviso! Por favor não pulem.

Eu sei que demorei mais que o planejado para trazer uma atualização para vocês, eu tive um bloqueio criativo e tentei até assistir alguns filmes e ler alguns livros do tema para me inspirar, mas o que me deu inspiração e motivação foram os comentários de vocês então comentem muito! Algumas coisas me deixaram desconfortável, tipo mensagens exigindo que eu atualize a fic como se eu tivesse vários capítulos prontos, não é assim pessoal, não é no tempo que vocês querem e sim quando estou inspirada pra escrever, pra sair algo bom pra vocês e para mim também, não ligo de perguntarem datas nem nada, só não sejam grossos e exijam algo que não é no tempo de vocês.

Desculpem pelos erros, boa leitura. ❤️ (Leiam as notas finais hihi)

...

Puxei a respiração calmamente pelos lábios, vendo o soldado ainda parado com as mãos pingando sangue, tanto seu quanto do homem que ousou entrar em nosso caminho.

Jeon endireitou a coluna, e no mesmo instante me coloquei ereto, assustado.

— Vamos. — foi tudo o que ele disse, ignorando totalmente minha reação.

O observei mancar enquanto passava por mim, seria seguro continuar ao lado dele? O soldado me parece perigoso agora. Talvez ele não seja do exército e está mentindo. Engoli em seco novamente, controlando a respiração.

Distante, comecei a seguir Jeon, com as pernas moles e as mãos trêmulas e suadas. Aquilo foi barbarismo, não era para tanto. Um soco no meio da fuça bastava, estou certo?

Apertei o taco entre meus dedos, observando o soldado mancar atento. A rua estava silenciosa, mas o silêncio durou pouco, pois alguém, uma voz masculina gritou por ajuda. Paralisei no lugar, olhando em volta até focar meus olhos na janelinha de uma casa amarela, um garoto batia no vidro gritando, sua voz soou abafada.

Ainda parado, olhei para o soldado que olhava na mesma direção que eu. Então, ele pousou os olhos em mim, e senti meu estômago embrulhar, mas não desviei meus olhos um segundo sequer.

— Vamos.

— Vai deixá-lo? — falei.

— É a decisão mais sensata a ser feita. — respondeu virando de costas e voltando a mancar.

Dei uma última olhada para o garoto, antes se virar de costas e seguir o frio soldado.

[...]

Viramos a rua na qual o poste piscava com a luz fraca, Jeon continuou caminhando. A rua estava vazia exceto por nós dois e um único infectado se arrastando pelo chão. Era o mesmo cara que estava dentro da loja, ao qual os poucos mortos-vivos de antes tentavam abocanhar, este agora tinha várias partes de seu corpo carnudo arrancadas.

Ele grunhiu e mirou suas orbes vazias em mim e no soldado como se nos julgasse e dissesse "Isso é culpa de vocês, estou assim por culpa de vocês". Jeon bufou ignorando o julgamento grotesco da criatura e seguiu em frente, ainda mancando. Cocei minha nuca, olhando fixamente para as costas do soldado a minha frente, e desviei o olhar, pois a cada segundo vejo a cena se repetir, do homem sendo decapitado brutalmente.

A cidade estava silenciosa, as poucas pessoas vivas permaneceram em suas casas, enquanto a grande maioria tentou fugir para outra cidade ou para a casa de seus parentes, e o resto, virou cadáver. Em um dia de contaminação parte da cidade foi destruída, por bombas e até mesmo por mãos humanas, o governo disse que dentro de uma semana tudo voltaria ao normal, mas a esse ponto, não temos mais notícias a não ser avisos gravados, e os militares sumiram da cidade.

Welcome to Hell • jjk + pjmWhere stories live. Discover now