Capítulo 11 - A perseguição e a revolta amorosa.

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Depois do acontecimento, o resto da noite no dormitório feminino parecia uma eternidade. Lilá Brown fazia algumas rezas debaixo do cobertor, Parvatti deixava sua varinha iluminando o cômodo. E eu, especificamente, encarava o teto entediada, querendo dormir, mas os barulhos eram irritantes e a luz também.

_Desliga isso! Eu quero dormir. - Eu reclamei para a garota.

_E se Sirius Black chegar? Eu não quero que esteja escuro!

_Como você veio para a Grifinória? - Sussurrei baixinho sobre o medo da garota, porém não fui escutada por ninguém.

Elas continuaram os murmúrios e luzes por todos os lugares.

_Hey, psiu. - Escutei alguém me chamar. - Sam.

_Oi, Gina. - Respondi a garota que tinha a cabeça levantada na cama para conversar comigo.

_É verdade o que eu escutei?

_O que?

Ela se aproximou, ainda deitada na cama. E sussurou:

_Que você realmente gosta do Wood. Tipo gosta mesmo...

Senti meu rosto esquentar, muito. Fiquei em silêncio, não sabia o que responder, era mais fácil enfrentar Sirius Black do que um interesse romântico.

_Eu sabia! - Ela disse depois de ver minha reação. - Vocês formam um casal bonito e vou ser sincera... acho que ele também gosta de você. - Gina disse sorrindo, no outro momento virou para o lado e cobriu-se.

Não tive tempo de responder nada.
"Ele também gosta de você." Sorri ao pensar nisso, sabia que tinha grande chance de estar me iludindo, nunca que um garoto como Oliver Wood iria gostar de uma garota como eu. Mas, naquela noite não pude conter de liberar meus pensamentos, imaginar um relacionamento que talvez nunca iria existir, minha barriga enchia de borboletas a cada imagem falsa que meu cérebro criava de uma realidade paralela. E assim, cochilei alguns minutos, pensando em Oliver Wood.

No meio da noite, Gina Weasley jogou seu malão na porta para que ninguém entrasse e somente assim as garotas decidiram dormir.

_Se ele entrar vamos escutar. - Ela disse e as garotas aceitaram.

Acordei na outra manhã como um zumbi ambulante, os garotos pareciam mais animados, principalmente Rony que agora era o centro das atenções. O café-da-manhã foi simplificado a escutar Rony repetindo a mesma história o tempo todo.

_Meu Deus, Sam. - Wood disse sentando ao meu lado. - Você parece...

_Sem comentários. - Eu ergui minha mão em sinal de advertência. - Você não teve que aguentar as rezas de Lilá Brown e o lumus de Parvati Patil a noite toda.

Respondi sem olhar para o garoto, mas quando olhei, senti meu estômago revirar de emoção. Ele tinha um rosto muito bonito de se olhar. Distanciei meus olhares e fui tomar meu café.

Eu estava horrível aquele dia, mas sempre que eu penso que estou ruim o universo demonstrava que tem alguém pior. Neville Longbottom tinha levado uma grande punição da professora McGonagall, tinha sido proibido de todas as visitas a Hogwsmeade e não tinha permissão de saber as senhas da Grifinória.

Ele passava a maior parte do tempo esperando na frente do quadro do salão comunal até que alguém aparecesse. Confesso que às vezes eu o contava a senha da Grifinória, mas não sulocionava pois ele acabava se esquecendo no mesmo dia.

_É... Frodariu? - O garoto perguntou pela milésima vez.

_Florarya... - Revirei os olhos, Neville era bem lerdinho as vezes.

The Girl Who Lived - LIVRO I - Harry Potter FanfictionWhere stories live. Discover now