Capítulo 13

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Valentina

   Um clarão invade o meu rosto, me fazendo perceber que um novo dia se inicia. Abro os olhos bocejando e olho as horas no relógio, que marca 07h00 da manhã, decidindo me levantar. Ando em direção ao banheiro me espreguiçando, quando ouço alguém bater na porta do meu quarto.

   Franzo o cenho e engulo em seco, mudando a direção e então abro a porta, me deparando com Apolo a minha frente. Um nervosismo ronda a minha volta, quando nossos olhos se cruzam e a lembrança de ontem a noite, perturba os meus pensamentos na súplica que eu acredite o fato de que Apolo, esteja falando a verdade.

- Bom dia. - Ele diz, apenas com um sorriso em linha reta no rosto.

   Assinto, com a cabeça e ergo o cenho sem tirar os meus olhos dos seus.

- Bom... dia! Você quer alguma coisa?

- Sim... É, não! - Ele fala, coçando a nuca. Não entendo muito bem e fito-o com os olhos. - Valentina, eu quero que você tome café comigo hoje.

   Engulo em seco e inclino a cabeça, quebrando o silêncio.

- Quer dizer que o meu castigo já acabou? - Pergunto, dando de ombros.

   Cruzo os braços e dou dois passos a frente, ao perceber que Apolo entra em meu quarto.

- Acha mesmo que eu queria fazer isso com você? Te deixar trancada nesse quarto? - Ele questiona, como se não sentisse culpa.

   Me viro ao olhar para seus olhos e molho os lábios.

- Mas você fez, Apolo. Então, não se sinta culpado... - Ele me interrompe, ao se aproximar.

- Não sinto, Valentina! Eu quero começar do zero. E quero recomeçar com você. Talvez... se nós pudêssemos passar mais tempo juntos, eu a conheceria melhor e você, me conheceria... - Ele diz, fazendo uma breve pausa. - Se você, quiser.

- Eu preciso me arrumar, Apolo. Então não espere por mim. - Digo, dando de ombros e sigo em direção ao banheiro.

***

   Saio do banheiro e volto para o quarto, já pronta para o café da manhã. Saio do quarto e sigo o corredor avistando o topo da escada logo a frente. Desço os degraus e Rosa, caminha para a minha direção, como se quisesse falar algo.

- Bom dia, Srta. Valentina. - Ela diz, com um sorriso grandioso no rosto.

   Me aproximo dela e lhe dou um beijo no rosto me afastando em seguida.

- Vamos combinar uma coisa, Rosa: Valentina. me chame de Valentina. - Digo, retribuindo o sorriso.

- Se a Senho... Desculpe, Valentina. Você acordou de bom humor hoje. - Ela diz, tentando arrancar um sorriso meu e que na verdade, ela conseguiu. - O seu café está na mesa.

- Se eu não tenho mais uma vida de solteira, eu tenho que me acostumar, com a minha vida de casada. Não é mesmo? Não é saudável, brigar todos os dias, com uma pessoa que mal conheço. - Digo, baixinho pegando em meus devaneios.

   Eu e Rosa, andamos uma ao lado da outra até chegarmos na sala de jantar.

- Você vai ver que o meu Apolo, não é o que você pensa, Valentina! Ele é carrancudo. Mas é um homem bom. 

   Meu Apolo? Mas a Rosa, nunca tratou o Apolo assim. - Penso, em silêncio tentando assimilar as coisas.

- Como assim, seu Apolo, Rosa? Vocês, estão me escondendo algo que eu não sei? - Questiono, intrigada.

- A verdade Valentina, é que eu fui a babá do Apolo. Bem, acho que ainda sou, não sei se um adulto tem idade para ter babá... - Eu a interrompo, molhando os lábios.

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