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Capitulo 9

Sina

— Wendy, eu posso explicar tudo! — Falei me levantando.

Não acredito que Noah chegou ao ponto de ir na minha casa falar com a minha mãe, logo a minha mãe.

— Então explique.

— Minha mãe mentiu sobre isso, eu não cortei ninguém e não sou desastrada, isso tá mais para a minha irmã,ela me odeia, ela mente sobre mim, fala coisas que eu nunca fiz, só por que ela queria que eu fosse igual ao meu pai, uma engenheira, mas eu escolhi a psicologia infantil, ela tem nojo de mim, acho que estou no ponto em que ela nem me reconhece como filha, como uma Deinert.  — Falei tudo andando de um lado para o outro. — Eu não posso perder esse emprego, prometi para o diretor que eu cuidaria de oito crianças antes de começar as aulas e se eu conseguisse eu iria conseguir uma bolsa na faculdade e só teria que pagar os materiais.

— Sina se acalme.

— Eu não posso perder esse emprego, por favor, não me demita, no começo eu fui demitida duas vezes e não posso cometer os mesmos erros, eu aprendi muito a entender as crianças e Linsey era a criança que estava faltando, ela é doce, carinhosa e eu adoro ela, não quero perder esse emprego por causa dele! — Apontei para Noah que já estava com cara de quem perdeu o jogo

— Lamento Sina, meu filho pode ter alguns erros, vejo que não foi nada inventado, você pode continuar. — Ela abriu um lindo sorriso para mim.

— Obrigada, obrigada mesmo.

— Não tem problema. Podem se retirar.

Noah se levantou e andou lado a lado comigo, o que eu não indicaria neste momento.

Ele só pode ter sérios problemas mentais.

Quando saímos de perto do escritório eu resolvi falar.

— Você me surpreende a cada dia, Noah, como pode? Isso é invasão de privacidade sabia? Por que quer tanto me tirar daqui? Por que quer acabar com a minha chance de fazer o que eu amo? Merda eu já provei que não sou uma garota estúpida ao contrário se você. — Ele apenas cruzou os braços. — Teve coragem de ir até minha casa... incrível isso.

Dava para ver o meu sarcasmo na voz, ele apenas me olhou sério, estávamos próximos, os dois de braços cruzados, eu olhando para cima para poder falar com ele já que ele é muito maior que eu, parece um poste.

— Nem tudo lá dentro foi a verdade.

— Claro que foi, é eu não devo satisfação da minha vida para você, o que a Alex te disse é só mentiras, ela me odeia, não me considera como filha, somente a Joalin — Eu ri imaginando ele no bairro perigoso, dentro da minha casa e com Joalin se jogando para ele. — Conheceu a Joalin também?

— Não, mas por que não disse para a minha mãe que você é a culpada pelo divórcio dos seus pais?

Aquelas palavras vieram como uma faca no meu peito. " Culpada pelo divórcio dos seus pais" ele não sabe de nada!.

Uma mágoa grande me atingiu e eu sentir as lágrimas em meu rosto.

— Você não sabe de nada! Não sabe de nada seu babaca estúpido! –– Empurrei ele de leve é corri para o quartinho de hóspedes que eu fico.

Ele não sabe de nada, não sabe, eu nunca seria capaz de acabar com o relacionamento dos meus pais, eu achava lindo eles dois juntos.

Eu chorei até pegar no sono.

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— O que você vai fazer, Sina, na faculdade? — Meu pai perguntou.

Eu teria que contar uma.hora ou outra, então lá vai.

— Psicologia Infantil. — Meu pai quase se engasgou com o café.

— Como?

— É,  eu quero saber lidar com as crianças, amo crianças e ajudá-la parece algo bom, quando ninguém mais quer te ajudar tem alguém que queria sabe?

— Não, Sina, eu não sei, você só pode está de brincadeira! — Ele bateu forte na mesa estremecendo a mesma fazendo todas arregalar os olhos. — Eu disse que ela não traria nada de bom para essa casa.

— Calma, Amor, calma, pode haver uma explicação ou é só uma brincadeira, não é Sina?

— Não, não é,  eu não vou fazer engenharia, odeio isso.

— Você e uma desgraça! É a geração da família Deinert! Você deve cursar engenharia.

— Eu já fiz minha escolha.

— Você não terá uma ajuda para essa faculdade, eu não vou gastar um centavo sequer com uma desgraça como você.

Eu estava segurando as lágrimas, o meu celular começou a tocar em cima da mesa, minha mãe pegou antes de mim e viu a mensagem, ela olhou com os olhos arregalados para todos é virou a tela, havia uma mensagem de Diarra, uma foto do meu pai com uma mulher dentro do carro dele se beijando.

— Alex não...

— Não, Amor... tudo bem. — Ela sorriu para ele que se levantou. — Você realmente quer acabar com essa família, Sina.

— Como assim? Eu não sabia disso, Diarra deve ter visto e... vocês não acham que foi armação minha né?

— É o que parece, Faculdade e traição na mesma frase só pode se tratar de você, desgraçada! — Ela jogou meu celular no chão fazendo ele quebrar. — Você arruinou essa família.

— Eu? Vocês não aceitam o que eu quero ser, não me apoiam e ainda acha que eu fiz ele transar com outra! Talvez você já não esteja em boa qualidade para o "Grande Deinert Loukamaa" — Falei de pé.

Ela me deu um tapa tão forte que me fez andar para trás com a mão no rosto.

— Saia da minha frente!

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Eu acordei com o despertador e me levantei, percebi que estava suando. Esses pesadelos de recordação estavam sumindo. Esse é o pior de todos.

Depois que ela me mandou sair, eu passei um mês fora, dormi na casa da Diarra por um mês até ela ter que se mudar para Los Angeles, ela tinha que sair de São Francisco o quanto antes, e então voltei para casa, foi quando meu pai começou a chegar tarde, as vezes bêbado ou com cheiros de perfume feminino,  minha mãe boba e trouxa já sabendo que ele a traía, continuava com ele, até que ele se tornou homem novamente e voltou um dia para casa com uma tal de Fernanda, e pediu divórcio, um mês depois do divórcio ele terminou com Fernanda e começou a sair com Diana.

Ela me culpa, talvez ele tenha feito a cabeça dela durante o mês que passei fora, ou pelo fato de ela saber a traição por que soube pelo meu celular... mas eu não tive culpa, não estava envolvida nisso.

E agora eu só tenho o sobrenome Deinert Loukamaa, por que ser uma não sou.











O que acharam dessa treta?

Xoxo
Duda

ᴀ ʙᴀʙᴀ ᴅᴀ ᴍɪɴʜᴀ ɪʀᴍᴀ » ɴᴏᴀʀᴛ ᴀᴅᴀᴘᴛᴀᴛɪᴏɴOnde histórias criam vida. Descubra agora