HEART EATER | taekook

Case #1: Introduction

INTRODUÇÃO:

Aqui quem fala é Jeon Jungkook.

E eu vou lhes contar uma interessante história sobre o como a minha vida se tornou um caos depois que aquele maldito homem resolveu aparecer na cidade e começar uma onda incessante de assassinatos estranhos e cruéis.
Essa não é mais uma história de um criminoso e um detetive, porque esse homem é fora do comum.

Essa aqui é uma narrativa da vida de um psicopata, que mata por diversão e prazer, — assim eu pensava — atraindo suas vítimas com seu charme e as matando.
Sua  marca registrada é arrancar os corações das pessoas e sempre deixar uma rosa vermelha sobre o corpo delas.
Há uma lenda que diz que ninguém nunca saiu vivo para contar história, ou que uma vítima nunca chegou a prestar depoimento. Absolutamente ninguém sobrevive depois que vira alvo dele.

Eu vou contar sobre ele.
Como eu o conheci.
Quem ele é e como age, como pensa.
Vou lhes contar os casos que vivenciei e até mesmo as situações embaraçosas que o "comedor de corações" me colocou.

Antes dele, eu apenas trabalhava no setor de informática da delegacia de polícia.
Eu era apenas um estudante de psicologia criminal, que se saía muito bem nas provas e estava quase retirando seu diploma de formado.
Eu era apenas o Jeon despreocupado, tímido, anti-social e encalhado que decidiu morar sozinho e seguir sua vida de "adulto independente" desde os dezenove anos de idade.

Eu sou o tipo de cara que ninguém leva a sério, justamente pela minha idade e cara de adolescente, mas que no final sempre consegue mostrar às pessoas o seu potencial — e aliás, eu sou muito bom em várias coisas, sabe.

Mas a minha vida virou de cabeça para baixo depois que terminei a faculdade e resolvi virar detetive, assim conseguindo mudar de setor e começar a trabalhar de verdade com o que eu sempre quis.
Virei o orgulho da mamãe, mas a piada do resto da família.
Toda vez que algum familiar me via, sempre soltava um comentário desnecessário, como :
" Olha, se não é o detetive Jungkook Holmes ali?" , "Ora ora, aonde foi parar o seu parceiro Watson, detetive Jeon?"
Sério, isso dá gatilho; mas felizmente não me tornei um homem depressivo, pois tinha alguém muito interessante para ocupar a minha cabeça.

Meu primeiro caso surgiu há alguns meses atrás, quando eu estava sentado em minha mesa, preparando um relatório de um último caso que havia investigado, que era sobre um suposto assassino, mas que havia sido julgado e culpado injustamente.
Lembro-me de comentar sobre o erro que a polícia havia cometido com o meu colega de mesa, Jung Hoseok — que trabalha na área mais política do que investigativa — , quando um dos policiais do departamento entrou na nossa sala desesperado, suando frio, com uma pasta em mãos, gritando:

" Essa é uma das piores coisas que eu já vi fazerem com uma pessoa!"

Meus olhos se espreitaram na hora, do que aquele abençoado estaria falando? Será que era tão horrível assim?

— Fala logo, imbecilidade humana! — respondi, impaciente por ele ter entrado daquela maneira e atrapalhado o meu trabalho.

Jung se segurou para não rir ao meu lado naquela hora, como sempre.

— Detetive Jeon, acho que temos um novo Serial Killer para você lidar, e esse parece ser um dos bons! — disse o policial, me entregando o arquivo que havia trazido.