HEART EATER | taekook

Case #5: A study in scarlet 2.0

oiê😊
recadinho rápido aqui antes de começarem a leitura:
nesse capítulo terão pensamentos do taehyung e, inclusive, o tão esperado interrogatório dele que queria trazer para vocês!
mas o capítulo NÃO vai ter foco em apenas isso, ok?
o conteúdo é sensível, como vocês bem sabem, e se for abordado um assunto que pode lhe incomodar, então sugiro que não leia se não se sentir confortável!

boa leitura nenês.

— Ora, vamos lá. Não é tão difícil assim, não é? — dizia Kim com aqueles olhos diabólicos vidrados no homem assustado à sua frente. — Escolha.
Dessa vez, ele engrossou o tom de voz, se tornando mais ameaçador e dando a entender que se não fizesse o quê era lhe pedido, seu destino seria muito pior do que tentar um frasco daqueles na sorte.

— Se não, o quê? — indagou o homem assustado de segundos atrás, encarando seu assassino olho no olho.

— Se escolher, tem a chance de sobreviver, uns cinquenta por cento. Mas, se dificultar as coisas, não só você, como também seus segredinhos morrem aqui. — ameaçou, se inclinando para frente sobre a mesa.

O garoto paralisou, em choque.
Como ele poderia saber de alguma coisa? Estaria blefando? Quem poderia garantir que Kim faria algum mal à ele? Era difícil dizer, naquele momento, só sabia que estava com medo.

O assassino se levantou, dando a volta na mesa e parando em frente ao garoto.

— Garoto, me escute — disse, suspirando — Eu sei bem as coisas que você esconde. Sei as coisas que você faz sem que sua família saiba, até mesmo as suas saídas às escondidas que sua namorada também desconhece. Eu tenho olhos e ouvidos por todo lugar, sei mais do quê você possa imaginar.

O garoto engoliu em seco, de olhos arregalados. Ele não estava blefando.

— Você só tem que escolher um frasco, apenas isso. Eu tomarei a pílula que você não tomar, é muito simples. Eu não tenho nada a perder.

— Quem me garante que você não vai trapacear e tomar a certa apenas para me matar?

— Acordos são acordos — disse Kim, soltando uma risada estranha. — É isso ou eu vou acabar fazendo muito pior com você. Sabe do quê sou capaz, e não vou ter pena de acabar com a sua vida miserável. Desde a vez em que tive de socorrer Jimin aos prantos por sua culpa, venho planejando a forma perfeita de acabar com você.

E então, sabe-se lá de onde, Kim pegou uma adaga afiada e maior do quê se poderia descrever; ela estava tão bem polida que brilhava sob a fraca luz que preenchia o cômodo. Ele a alisava como se fosse um prêmio, até mesmo como se estivesse fazendo carinho em um filho. Seu olhar vazio e sombrio pairava sobre os seus dedos finos que deslizavam por cima daquela arma.
Quando seu olhar se voltou ao de cabelos loiros sentado na cadeira à sua frente, ele apontou a adaga afiada para a garganta do mesmo.
Estava beirando à um ataque de ódio e nervos, não se sabe ao certo o quê estava esperando para matar aquele garoto de uma vez. Não parecia ser uma razão boba, na verdade, conseguíamos ver claramente pelos sinais e comportamentos que seu corpo demonstrava que, por algum motivo, estava exalando pura fúria e ressentimentos guardados.
O de cabelos loiros não moveu um músculo sequer, prevendo que qualquer coisa que dissesse ou que algum movimento brusco fosse colocar sua vida por um fio, senão até acabar rapidamente com ela.
Suava frio, espantado.

E então, Kim disse:

— Eu deveria retalhar você em milhares de pedaços e dar de comida para cachorros. Um filho da puta como você não merece viver, e morte também não seria o suficiente para apagar o trauma que você causou em Jimin.
E, num rápido movimento, Kim agarrou o mais novo pelo pescoço como se não pesasse nada, mesmo o garoto tendo a mesma altura que ele, a raiva havia lhe proporcionado uma força extraordinária naquele momento.