Case #2, part1: Blood tub

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Nos dias atuais, desde o surgimento de Kim, eu tenho tido noites mal dormidas, acúmulos de relatórios para fazer e arquivos para terminar de preencher — que por acaso, pareciam ser intermináveis.
Mas eu volto a repetir: aquele homem sempre consegue me surpreender.
E me atolar de trabalho, também.

Entender como funciona a mente de um Serial Killer é algo bastante complexo e que exige, sim, muita atenção e estudo — a menos que você seja um gênio, do contrário, nem pense em se envolver com coisas do tipo!

Ao decorrer da história, eu contarei casos passados e presentes, e algumas vezes terão partes que farei referências à casos que não apareceram aqui, mas sem estresse! Eu irei narrar da mesma maneira.

Se perceberem, sempre em algum diálogo ou quando eu estiver lhes contando sobre um caso, eu — ou qualquer outra pessoa que trabalha comigo — irei me referir a Kim Taehyung como "Ele" ou "Aquele homem", pois é assim que ele é reconhecido pela cidade, então o apelido pegou.
Houveram inúmeros casos, alguns do dia para noite, a cada três dias, outros por semana, mês, enfim... às vezes um homem como Ele precisa dar um espaço de tempo sem matar alguém, e esse espaço pode variar de curto para longo.
Meu segundo caso envolvendo Kim foi um suposto homicídio de um marido que queria se vingar da esposa que havia o traído.
Mas não foi bem assim.

Eu já havia começado a procurar mais por ele, depois de ter conversado com o delegado e pedido permissão para ser contatado em qualquer situação que tivesse ligação com aquele "novo" Serial Killer.
Ele já havia conseguido encobrir diversas outras mortes sem que a polícia nem ao menos soubesse da existência dos casos.
Parei para observar que mesmo tendo uma assinatura, uma marca registrada, ele deixava alguns espaços em branco no meio da cena de crime, como se quisesse que pensássemos no motivo daquela pessoa ter ido a óbito.
Situações como: alguém aparecer sem a sua marca registrada passaram a ser comuns, não sei dizer o motivo, ainda.

.....

Naquele dia pela manhã eu estava indo em direção ao meu trabalho, quando parei na esquina e peguei um jornal, como fazia todos os dias no meio do caminho até a delegacia.

Logo de cara, a primeira coluna já dizia:

"MULHER É ASSASSINADA BRUTALMENTE NESTA MANHÃ"

Franzi o cenho, um pouco surpreso.
Esta manhã?
E então continuei lendo mais para baixo:

"Mulher é encontrada morta em casa por seu marido, com o cadáver mergulhado em uma banheira cheia de sangue.
Aparentemente, haveriam suspeitas de traição pela parte da moça na relação, e então seu marido fora acusado como suspeito pelo despertamento de polícia de Busan até segunda ordem.
Apesar de o marido — cuja identidade não iremos expôr aqui — ter afirmado estar trabalhando no período da noite e só ter voltado para casa no dia seguinte, ele foi o último que teve contato com a jovem, portanto o crime fora identificado como homicídio; o que indicaria a vingança contra sua própria esposa.
Os policiais que investigaram a cena do crime fotografaram a parede do banheiro, mostrando que alguém haveria escrito um nome a sangue naquele local.
Seria essa uma pista para chegarmos até o amante da falecida jovem?"

Abaixo deste trecho havia uma imagem da parede do banheiro.
Assim que observei, meus olhos se arregalaram no mesmo instante.
Eu estaria ficando louco? Ou seria esse mais um dos assassinatos em série que Ele tinha cometido?

Eu não perdi mais tempo e corri em direção à delegacia.
Esse era mais um caso que tinha aparecido, e por coincidência, sem que ninguém tivesse me comunicado. Eu estava agitado e não queria perder por nada a oportunidade de investigar outro crime de meu Serial Killer favorito.

HEART EATER | taekookWhere stories live. Discover now