Capítulo 46-ELOY

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Me desperto ao som do chorinho do Uziel através da babá eletrônica, desligo-a antes que Eleanor desperte, ela anda extremamente exausta, não só ela, eu também, mas Uziel suga mais energia dela do que de mim, até porque o pequeno prefere ficar no colo da mãe.

Levanto-me antes que meu filho fique mais irritado do que já está, ou antes que minha bruxinha escute o choro através da sua audição, agora aguçada, devido a sua parte lupina que despertou, e posso afirmar, a loba é extremamente ciumenta, possessiva e protetora.

Aproximo-me devagar do berço, a pequena criatura dentro dele está vermelha de tanto chorar, pergunto-me como uma criança pode aparecer tão dramática sendo que nasceu a pouco tempo, também, o mesmo já percebeu que um simples resmungo faz ele ter o que quer, seja das avós babonas, ou das titias.

- Ei garotão- pego-o e ponho contra o meu peito, mas ainda assim ele chora- eu sei o que você quer, o papai vai dá, porém, você vai ter que ter paciência, a mamãe está cansada, não queremos acordá-la não é?- como se me entendesse seu choro cessa, seus olhinhos direcionado ao meu rosto, encarando-me atentamente, sorriu para ele- isso aí filhão- beijo de leve sua cabeça, mas logo desço para cozinha, sei que sua paciência vai passar logo, logo.

Patolino ergue sua cabeça assim que me vê chegar na cozinha, porém, ignora-me, até o pato ficou manso com a chegada desse mocinho, não é que Uziel chegou para apaziguar a minha vida.

Ao adentrar a cozinha ponho ele dentro do bebê conforto que está sobre o balcão, vendo que ele está seguro, me dirijo para a geladeira, pego a mamadeira com o leite da Eleanor, ela sempre deixa um pouco do leite separado, para situações como essa, ou quando os seus seios estão extremamente doloridos, e em seguida ponho para aquecer.

Uziel volta a ficar impaciente, resmungando e se mexendo inquieto no bebê conforto, seu rosto começa a demonstrar que irá chorar a qualquer momento, imediatamente pego a mamadeira, vejo se a temperatura está adequada e só então pego-o novamente no colo.

- Prontinho- enrolo-o direito na manta e vou para o fundo da casa, onde tenho meu momento com ele.

Sento-me no banquinho do jardim, posiciono meu filho corretamente em meus braços, em seguida levo o bico da mamadeira em seus lábios, o mesmo abocanha e começa a tomar com vontade, tão esfomeado.

Observo o rosto do Uziel, meu filho, eu agora tenho um filho, parece tão surreal, uma mistura minha com a mulher que amo, é algo tão grande, é um sentimento tão forte que sinto por ele, sou capaz de tudo para vê-lo bem.

E o garoto é bonito viu, fiz um ótimo trabalho, deveria ganhar nota A, na matéria fazer um filho, Eleanor sempre tenta contestar, mas o menino é a minha cópia, então seus argumentos nunca colam comigo, sempre derrubo com um simples: "você viu a minha foto, Uziel sou eu pequeno, então se você diz que sou feio está chamando o seu filho de feio, se diz que sou uma das maravilhas do mundo, está dizendo que o seu filho é uma das maravilhas do mundo."

- Você é muito bonito sabia- ele me encara sem deixar de tomar o seu leite- se não tivesse uma companheira destinada seria um arrasador de corações- um pequeno sorriso se forma em seus lábios, acabo rindo- gostou né, mas você não vai ser desse tipo não, será um homem, não um moleque, se não eu mesmo lhe dou umas palmadas, uma mulher deve ser tratada com carinho e respeito, está me ouvindo?- ele larga o bico da mamadeira, agora vazia e dá um pequeno bocejo- agora que está de barriga cheia o sono bateu não é?- ele faz um somzinho e torno a sorri.

Em seguida me levanto, adentro novamente a cozinha, ponho a mamadeira no local correto, se não Eleanor ranca os meus cabelos, e por fim torno a subir as escadas, indo em direção ao quarto do meu filho.

Destinada A Um AlfaWhere stories live. Discover now