𝓒𝓲𝓷𝓬𝓸

3.3K 557 71
                                    

Era difícil abrir os olhos devido à claridade do ambiente. Kim Taehyung despertava depois de quase um dia inconsciente por conta dos procedimentos após o ataque no centro de Jongno.

As pálpebras de Taehyung ainda estavam pesadas, mas ele conseguiu abrir os olhos e analisar onde estava. Um quarto bonito feito de coluna e vigas de madeira. Ele estava em uma cama tradicional, feita do mesmo material. Seus olhos encontraram os de uma enfermeira. Ela possuía os cabelos pretos soltos que iam até a base do seu abdômen. Seus traços eram muito bonitos, sua boca era pequenina e bem desenhada, mas Taehyung não olhou por muito tempo, a beleza do jovem no centro era muito mais atrativa.

- Olá! Seja bem-vindo de volta, alteza. Sou Ji Soo, enfermeira da família real, acho que não nos conhecemos antes. Enfim... No que precisar, estou aqui.

- E-Eu... - Taehyung tenta falar com dificuldade após a enfermeira conversar com ele. - Eu quero... quero saber sobre o garoto. - A enfermeira analisou o enfermo, confusa.

- Que garoto? - Ele negou a cabeça, olhando para baixo e encontrando seu abdômen completamente enfaixado. Ficou estarrecido.

- O... O garoto do ataque, ele... Ele me salvou. Aonde é que ele está? - A enfermeira olhou profundamente o príncipe, com um que de confusão.

- Alteza, o senhor deve estar um pouco mal, vou lhe dar outro remédio. - Taehyung negou com a cabeça.

- Chame as autoridades da justiça, eu preciso saber aonde está esse menino. - A moça continuo encarando ele. - Agora, por favor. - Ela saltou de seu lugar e foi falar com alguém fora do cômodo.

Taehyung sentia uma dor latejante, mas estava aliviado com o curativo. Sentia-se melhor, sem dúvida alguma. Só ficou preocupado com o garoto, se lembra vagamente que o mesmo fora puxado por alguns homens.

Um garoto surgiu no quarto, com o olhar sereno. Ele possuía os cabelos pretos e um traje de servo do governo. Era o encarregado à passar os recados.

- Sim, alteza.

- Seonghwa, comunique ao meu pai para que ele fale com o chefe de polícia, o encarregado pela justiça. Preciso saber aonde está o garoto que me salvou no dia do ataque. Faz... Faz quanto tempo? - A enfermeira, também no recinto, se dirige a Taehyung.

- Um dia, alteza. - Taehyung assentiu.

- Certo. Entendeu, Seonghwa? - O garoto assentiu.

- Sim. - Se despediu e foi diretamente falar com as autoridades.

- Ninguém falou sobre nenhum garoto. - A enfermeira anunciou após uma pausa de silêncio.

- Ele salvou minha vida, correu, indo me socorrer. As roupas dele eram surradas, estava sujo, parecia tão humilde. Me lembro das mãos dele ensanguentadas ao pressionar meu ferimento. - Ji Soo ficou surpresa ao ouvir os detalhes.

- Nossa! Que corajoso! Espero que consigam encontrar o garoto em breve não é? - Taehyung assentiu.

Uma hora depois, Seonghwa voltou na presença do chefe de polícia. Kim Jonghoo estava com um sorriso fraco no rosto por ver que o príncipe acordara.

- Olá Alteza, me chamou? - Taehyung assente à autoridade de cabelos grisalhos e barba.

- Sim, te chamei. Eu preciso saber do garoto, aquele que me salvou ontem no ataque. - O chefe ficou confuso.

- Espere, aquele garoto de roupas imundas? - Taehyung se sentiu pouco desconfortável com a descrição, mas assentiu. - Ele foi preso, alteza. Está sendo acusado de ter te atacado. - Taehyung levanta de supetão e sente uma dor forte no abdômen.

- Ai! - Levou às mãos ao ferimento. - Como assim  preso? Ele me salvou, não foi ele quem me atacou.

A enfermeira Ji Soo encarou o chefe de polícia. O homem mais velho ficou surpreso e ao mesmo tempo confuso com a declaração do príncipe.

----

Enquanto Taehyung mencionava sobre o garoto misterioso que está preso por lhe salvar, Jeon Jungkook encarava a parede marcada e as grades enferrujadas.

Parecia eterno ali dentro. O tempo tão passava. Tomava água quando as autoridades lhe davam em uma pequena bacia e comia o resto de comida que lhe era deixado em um prato velho. Era horrível. Se sentia muito fraco.

Jungkook tinha uma vida miserável, mas não sabia que tudo podia piorar. Enquanto se lamentava, foi surpreendido por um burburinho entre as autoridades próximo à sua cela.

O príncipe havia acordado e se questionava do garoto que lhe salvou. Jungkook se segurou às grades da cela e ouvia atentamente. O testemunho de Taehyung não parecia o bastante.

Ouvira que a polícia descartara a versão de Taehyung por estar sobre cuidados de remédios naturais e também por ter sofrido atentado. É difícil ter se lembrado de algo.

- Não estamos preocupados com o que o príncipe está dizendo, é valioso, certamente é, mas quem estava lúcido, viu com atenção quem foi o responsável. Bate totalmente com as descrições das testemunhas aquele garoto. -  A autoridade aponta para a cela de Jungkook.

- Mas o príncipe está bem lúcido e fala com convicção, acho que devemos fazer com que os dois se conversem, quem sabe a alteza se lembre de mais coisas, pode ajudar! - A autoridade assente.

- Vamos aguardar ele ser liberado e peça para que venha fazer um depoimento, precisamos colocar ele na cena do ataque novamente, além de Jungkook, o garoto que supostamente teria salvo ele. - A outra autoridade menciona. O colega de trabalho nega.

- Ou o garoto que supostamente teria atacado ele. Precisamos investigar à fundo!

O Prisioneiro de Jongno | [Taekook]Onde histórias criam vida. Descubra agora