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Ah, o doce canto dos passarinhos do Havaí. Diana até tinha esquecido que estava lá, tinha acabado de falar com Callie, sua agente. Ela precisava voltar logo pois suas férias estavam acabando e os trabalhos voltando.

— Bom dia Di! Já está pronta para sair com Tom? —Laura surge.

Estragando seu momento de paz, um cafézinho de frente pro mar.

— Sair com o Tom? —franze o cenho— Pra onde?

— Como você sabe, amanhã é o chá de panela e o lugar que eu iria alugar já foi ocupado. —diz gesticulando— Então preciso que vocês dois saiam a procura de um lugar bom e bonito, pois vou recepcionar nossos amigos que estão pra chegar e acabar de escolher a decoração de amanhã. Entendeu?

  Diana piscou duas vezes antes de largar a caneca de café encima da mesa de madeira e tirar os seus pés da cadeira a sua frente.

— Não prestei atenção em absolutamente nada, só na parte de procurar um lugar pro chá de panela. —fala.

— Tudo bem. Essa é a parte mais importante mesmo. —suspira revirando os olhos— A Di vai com você, amor. —Laura avisa para Tom que se aproximava.

— Tem certeza, Ana? —pergunta— Dá um descanso pra ela Laura.

— Ah ela já descansou demais. —ela fala o olhando e Diana cruza os braços— Aliás, ela é nossa madrinha. Madrinhas fazem isso. Se divirta vida, e não demora. —finaliza, dando um selinho no mesmo e se afastando.

Tom a olha por um tempo e volta para olhar Diana, que na mesma hora parou de imitar Laura.

— Vamos? —ele pergunta.

— Vamos lá. —ela sorri, se pondo de pé.

Eles entram no jipe e Diana logo liga o rádio, pro clima não ficar estranho claro;

— A Laura fez lista de alguns lugares. —comenta, a mostrando um papel.

Que tirou do bolso.

— Ela tinha pedido pra não amassar mas eu estava com pressa. —completa dando uma risadinha.

— Tá bem. —fala ela— Então vamos no primeiro da lista.

(...)

Eles rodaram por todos os lugares e até pararam em um bem maneiro que era um tipo de churrascaria, almoçaram costela muito felizes e voltaram para a estrada. Conversando sobre coisas aleatórias.

Até que no décimo terceiro lugar da lista, eles decidiram que seria num salão em frente a uma praia. Quase do outro lado da ilha.

— E aí? —Diana pergunta quando Tom se aproxima.

Ele tinha acabado de conversar com o dono do lugar.

— Tudo certo. Vai ser aqui. —sorri para ela.

— Fizemos um bom trabalho. —suspira, orgulhosa.

— É, somos uma bela dupla. —ele a olha.

— Ah Tom, né? —o dono, de cabelo grisalho e pele morena chama— Vou deixar a chave extra com vocês, para virem arrumar na hora de decorar. Parabéns, vocês fazem um casal lindo! —sorri, dando uns tapinhas no ombro de Tom e logo se afastando.

Após deixar a chave e ele sem graça.

— Amanhã ele vai saber que não somos um casal. —Diana ri dando de ombros— Vamos voltar.

— Ana. —chama e ela se vira— Podemos ir um estante ali na praia? Só para molhar os pés?

— Claro.

Diana assente e eles seguem para o local, que não era muito longe. Bastava apenas descer uma enorme escada de madeira.

— Está tudo bem? —pergunta Rose, observando ele fechar os olhos e sentir a água do mar nos pés.

— Está. —murmura— O casamento só está chegando, Laura fica nervosa e ansiosa. Eu tento acalmar, mas acaba passando pra mim também. —conta, abrindo os olhos para olhar-la.

— É normal. —sorri confortante.

Tom pareceu pensar em alguma coisa, olhou a água que vinha e ia em seus pés e perguntou;

— Sentiu minha falta quando terminamos?

— Quê? —ela levanta a sobrancelha.

— É que, —limpa a garganta— No jantar a uns dias atrás você disse isso a minha mãe.

— Ah. —murmura— Sim, senti. Foram os piores 3 meses da minha vida.

Diana encara a areia um pouquinho, só por lembrar que ainda era uma adolescente totalmente apaixonada que ia dormir chorando por conta do coração partido.

— Fazíamos planos pro futuro Thomas, eu tinha um livro só de coisas que adoraria ter no nosso casamento. —fala— Você era meu melhor amigo nesse mundo inteiro deste que papai morreu. Você foi o meu primeiro amor e o primeiro homem da minha vida, tem noção disso? —pergunta.

Tom ao mesmo tempo que não gostava saber daquelas coisas por ficar confuso depois, amava saber que, apesar de tudo, ele não sofreu sozinho. Que até nisso, foi recíproco.

— E agora o livro é de Laura. —dá um risinho sem graça e Diana apenas assente.

Ainda chateada por saber que ela tinha roubado todas as suas idéias.

— Por que terminou então? —ele pergunta e ela o olha.

— Foi o contrato com a agência. —explica.

— Por que não me contou?

— Eu não podia. Eles tomavam conta das minhas redes sociais e só quando sai da agência tentei contato de novo mas você não retornava ou ignorava.

— Bom, acho que eu estava tentando viver a minha vida, Rose. —resmunga.

Uh, "Rose". Tom estava com raiva e ela sabia disso, a última vez que ele a chamou de Rose foi por puro ódio.

— Está vendo? —questiona— Você não pode fazer isso.

— Fazer o quê?

— Isso que você faz. Você não pode. —dá ênfase chateado— Está sendo egoísta. Eu aprendi a ficar sem você, foi difícil mas eu consegui. Eu demorei, mas cara. Finalmente, agora, que eu estou feliz você volta linda e bagunça exatamente tudo. —dava para notar que ele estava chateado— Isso não vai acontecer. Você foi sim, por muito tempo o amor da minha vida mas eu encontrei Laura e agora ela é. E sou feliz e grato por ter ela.

— Tudo bem. —murmura Diana enquanto tentava se aproximar.

— Vamos embora e não se fala mais nisso. —completa suspirando e se afastando.

Caminhando de volta para escada e sumindo da vista da morena após subir ela.

Laura 1000000 x Diana 0

Aquilo doeu, mas Rose ainda não tinha desistido dele.

taken • tom holland (concluída)Where stories live. Discover now