Eu odeio amar você

Capítulo 28

-Isso não devia estar acontecendo. -Disse sentada na escada que dá entrada para a escola. Jake está ao meu lado. -Eu sabia que não devia ter me envolvido com ele.

-Você não tem culpa de nada, Alexia.

-Como ela descobriu? -Sequei os olhos e olhei para ele.

-A Alysson mora lá, esqueceu?

Concordei, tentando me recordar se havia visto ela em algum momento.

-O que vai acontecer comigo? -As lágrimas voltaram.

-Nada. Você precisa se acalmar. O diretor vai tomar as providências necessárias.

-Zack nem fez nada. -Chorei novamente. -Sabia que tudo não se passava de uma ilusão.

Jake permaneceu em silêncio, parecendo estar pensando.

-Quer ir pra casa?

Neguei.

-Não quero ver o rosto de Alysson.

-Vamos para a minha então. Venha. -Se levantou e estendeu a mão para mim.

Sequei os olhos e me levantei.

-Está tudo bem. Amanhã ninguém vai se lembrar do que aconteceu.

Sorri levemente e consenti.

-Alexia, Alexia espera.

Virei para trás e vi Zack correr em nossa direção.

-O que foi? -Segurei para não chorar na frente dele.

-Eu não tive nada a ver com aquilo. -Parou diante de mim.

Jake suspirou.

-Te espero lá no estacionamento. -E saiu.

-Por favor. Eu nem sabia que estavam nos gravando ontem.

Permaneci o encarando.

-Fala alguma coisa. -Quase implorou.

-Eu não tenho nada pra falar com você, Zack.

-Não haja assim. -Pegou em meu rosto. Me afastei um pouco para trás. -Alexia...

-É melhor a gente se afastar. -Abaixei o olhar.

-O que?

-Eu não quero que isso se repita. Eu já fui humilhada o suficiente.

-Isso não vai se repetir. Acredite em mim, eu já dei um jeito nisso.

Olhei em seus olhos.

-Por favor, aceite a minha decisão. -Uma lágrima escorreu e minha bochecha.

-Alexia...

Neguei e me virei.

-Até logo, Zack.

(...)

O restante do dia foi bem chato. Assim que chegamos na casa de Jake, permaneci quase o tempo todo em silêncio, e ele respeitou. Quando escureceu fui para casa e subi diretamente para o quarto.

-Filha... está tudo bem? -Perguntou atrás da porta.

-Não quero conversar, pai. -Me virei na cama e olhei para a janela.

-Mas isso pode te fazer bem, Lexy.

Saudades que eu estava desse apelido que ele me dera quando pequena.

Fiquei em silêncio.

Eu realmente não estou afim de conversar.

-Filha. -A porta se abriu.