1- São Paulo - Brasil

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Oiiii.

Ai, tô nervosa, mas gostaria antes de contar para vocês o porquê de escrever essa história, além do fato dos muitos pedidos para o trisal que criei.

Como diz a sinopse, a história vai se passar em um transatlântico pela Europa. O que eu pensei? A maioria de nós está de quarentena e eu queria levar vocês em uma viagem junto comigo, mas sem sair de casa.

Vai ser um desafio enorme! Vou sair da minha zona de conforto, minhas histórias são todas no Brasil kkkkk

Mas tenham paciência comigo, eu ando pesquisando muitooooo!

Boa leitura a todooooos, espero que me acompanhem aqui também ♥️

(...)

Quando era criança, Bianca odiava fazer educação física. Era um saco ter que ficar jogando bola com aquele bando de criança chata, que só sabiam brigar por um monte de bobeiras.

Odiava tudo na escola também. Odiava as professoras, odiava as merendeiras que não a deixava repetir o almoço e odiava ainda mais todas aquelas regras. Infelizmente era um criança bastante problemática.

Com o passar do tempo, isso foi mudando. Não começou a gostar da escola, isso não havia mudado em nada até a fase adulta, mas a paixão pelas atividades físicas foram aumentando juntamente com sua idade.

Morava no Brasil, mas seus pais eram um casal de Irlandeses que haviam se mudado a trabalho para o país tropical e nunca mais foram embora. O que achava um saco, já que amava a Irlanda.

Até aí tudo estava se encaminhando bem, afinal apesar de não gostar, tirava boas notas nas provas e ainda recebia medalhas nas competições do colégio. Era a filha exemplar, falada por todos na escola, o orgulho dos pais.

Até escolher o curso da faculdade.

Bacharel em dança.

Bianca sabia que estava mexendo com fogo, sabia que escolher o curso escondido dos pais daria o que falar, mas ainda assim o fez. Com 18 anos estava cursando dança enquanto dizia aos pais que estava fazendo medicina. O restante do dinheiro, a diferença entre um curso e outro, abriu uma conta e o depositava mensalmente.

Eles descobriram tudo quando estava no terceiro período. Até achou que seria antes, mas eles nunca estavam em casa para acharem estranho a filha ensaiando coreografias para lá e para cá o tempo inteiro.

Foi o caos na Terra.

Parecia que o mundo ia acabar. Seu pai espumava pela boca enquanto gritava palavras sem sentido e ofensas absurdas. Entrava por um ouvido e saía pelo outro. E as ameaças da retirada da mesada já não a assustava mais, afinal o estágio pagava pouco, mas junto com o dinheiro guardado dava para pagar a faculdade até o final.

Hoje estava com 28 anos e tinha sua própria academia de dança, o que deixou seu pai um tanto furioso. Isso só fazia com que se sentisse ainda mais orgulhosa de tudo que havia alcançado.

Não havia feito faculdade em dança para dançar e receber menos que um salário, ou somente para ter turmas e receber uma merreca por aluno. Fez a faculdade para ter base o suficiente para abrir seu próprio negócio, por isso fez um curso preparatório de empreendedorismo para ajuda-la durante o processo.

Hoje tinha dez professoras trabalhando na empresa, ensinando do ballet ao forró. Trabalhava com um salário muito bom e também aproveitava para ter seus próprios horários, afinal adorava ensinar diversos ritmos. Seu preferido era o samba.

TransatlânticoWhere stories live. Discover now