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Finalmente sexta.

A semana passou bem rápido e eu dei graças a Deus, não estava mais aguentando professor socando matéria na gente e estava de saco cheio de fazer cálculos e mais cálculos. Não sou de exatas e nem de humanas e posso facilmente me considerar "de nadas".

Estava deitada vendo televisão e conversando com a galera por mensagens marcando a algo para fazer hoje à noites.

Mensagem on:

Gusta
Pub hoje 22h?

Natália
Boaa

Lya
Óbvio, já tô lá

Eu
Vamos então?

Pedro
Simmmm!!!!

off.

A brincadeira de hoje já estava marcada e meu lado baladeira gritava de emoção. Qualquer chance de rebolar a rabaça eu não desperdiçava. Eram duas da tarde e eu estava dando um revisada na matéria de biologia e português. Lá para quase três horas eu terminei e fui na cozinha comer algo, Gabriel estava no sofá jogando vídeo game como de costume.

— Vagabundeando? — perguntei com um biscoito na boca.

— Folga, querida! — piscou — Pessoas que trabalham tem dias de folga mas você é muito pirralha para encher isso.

Gabriel fazia faculdade de administração e alguns dias da semana trabalhava na empresa do papai na Barra da tijuca. Eu dava graças à Deus por ter vindo ao mundo como gênero feminino, pois essa empresa só tem gente tóxica e papai é extremamente chato quando se trata de trabalho. Única coisa que eu gostava da empresa eram as festas e eu claramente só ia pela comida. Não me sentia mal fazendo isso porque tudo lá era um saco, o assunto, as pessoas, os discursos, tudo. Mas pelo menos a comida era boa.

— Um amigo meu chegou de viagem e está me chamando pra ir para a praia. Topa? — Gabriel perguntou e só faltou eu pular de alegria.

Eu estava querendo ir à praia tem muito tempo e Gabriel sabia disso. Deve ser só por isso que ele teria me chamado, qualquer oportunidade de me manter longe dos amigos dele, ele não desperdiçava.

— Quero! — disse sorrindo.

— Vai se arrumar logo que ele vai passar aqui daqui à pouco — assenti e levantei indo em direção ao meu quarto — De preferência coloca um maiô, por favor... — gritou da sala e rolei os olhos.

Não fazia a mínima ideia de que amigo era mas não estava nem aí, só queria ir para a praia mesmo. Tomei um banho e coloquei meu biquíni cortininha preto, já que estava sol ia aproveitar pra pegar uma marquinha. Coloquei um short jeans claro e uma regata cavada cinza. Prendi meu cabelo num rabo de cavalo de lado e coloquei meu óculos de sol na cabeça. Na bolsa eu coloquei só o necessário como minha canga, protetor solar, bronzeador e meus documentos e dinheiro.

Mandei mensagem pra Lya falando que estava indo para a praia com Gabriel e um amigo dele e gargalhei alto com a resposta dela. Ele era literalmente uma safada, qualquer oportunidade de induzir alguém ao erro não desperdiça. Mal sabe ela que se algum dia eu ficar com algum amigo se Gabriel ele me mata.

Fui na cozinha beber água e nisso a companhia tocou, coloquei o copo na pia e fui atender, fiz minha melhor cara de simpática e meu sorriso se desfez na hora que eu abri a porta.

— Diego? — o desgosto era perceptível no tom da minha voz.

— Ao vivo e a cores, pirralha — passou por mim com um sorriso sarcástico — Cadê seu irmão?

— Aqui ele não está— apontei pra sala — Não, espera aí... — coloquei a mão no bolso do short — Poxa, no meu bolso também não.

Sai o deixando sozinho na sala. Eu jurava que ele estava morando em São Paulo, bem longe daqui. Diego é uns dos melhores amigos do meu irmão, eles estudaram no mesmo colégio mas foi morar em outro estado por causa dos negócios do pai e aproveitou pra fazer sua faculdade lá mesmo. Nunca gostei dele e sempre o odiei. Ele era o tipo de garoto que era filhinho de papai, que se achava a última coca cola do deserto, adorava bancar o esperto, o conceituado e era cheio de marra.

NÓS Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang