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— Mata! — gritei.

— Mantém a calma, gente... — Alex gesticulou com as mãos segurando uma vassoura.

— Como que mantém a calma com um rato a solta, seu imbecil? — Victor falou segurando uma garrafa de cerveja, o mesmo estava em cima de uma cadeira.

— Você podia ser mais homem e me ajudar.

— Virei mulher, se vira!

A sexta que era pra ser relaxante estava sendo um grande caos por causa de um rato. Parecia que ninguém aqui tinha vida porque todo final de semana, ou todos os dias da mesma eles estavam fazendo alguma coisa diferente e claro que eu acompanhava e não
perdia nenhuma farra.

— Cadê o rato? —  perguntei desesperada olhando para os lados.

—  Eu não faço a mínima! —  Alex andava de um lado para o outro procurando o mesmo.

—  Como assim você não sabe pra onde o rato foi? — Gabriel indagou segurando um rodo.

1 Rato x 0 Gabriel e Alex.

Ficaram procurando o maldito rato meia hora e enquanto eles estavam na caça, eu e Victor estávamos em cima de uma cadeira nos cagando de medo e depois de relutar muito nós descemos.

Parecíamos duas crianças.

Hoje o dia estava bom, tinha saído mais cedo do colégio e pra variar os meninos tinha marcado um churrasco na casa do Alex. Sua casa ficava em um condomínio não tão longe do nosso prédio e era grande, tinha um jardim lindo na frente e uma área gourmet enorme atrás com uma piscina gigantesca. Seus pais moravam na Argentina, se mudaram quando ele tinha dezenove anos e depois disso ele passou a morar sozinho. Somente ele e sua diarista.

Ele era louco de querer ficar fazendo faculdade aqui podendo fazer em outro pais pois eu se fosse ele não pensaria nem duas vezes. Ficamos numa roda conversando, eles estavam zoando Victor por ser medroso e eu me acabava de rir.

— Me errem, inferno! — bebericou sua cerveja.

Nenhum deles namoravam porque dito por eles o bonde era da lei do ''pega mas não se apega''. Já estava vendo que quando algum deles se envolvessem sentimentalmente com alguém iria ser só ladeira a baixo. E esse argumento deles era típico de um adolescente de treze anos.

— Gabriel já basta o rato, cara! Sai da churrasqueira pelo o amor de Deus — fez uma cara engraçada.

— Churrasco dele é tão ruim que é bom nem envolver Deus nisso — beberiquei minha ice.

—  Meu churras nem é tão ruim assim, parem! — disse colocando a carne na grelha.

— É horrível! —  falamos em uníssono e ele bufou.

Não tinha nem como discordar, Gabriel não era nada bom fazendo churrasco e se ele precisasse disso para viver ele estava era fodido. Quando a carne não saia tostada, ela saia muito crua não tinha meio termo. Depois de meia hora Diego chegou junto com outro menino que deveria ser o tal do Caio. Ele era muito bonito, um moreno bronzeado com cabelos ondulados cortados somente dos lados, um undercut degradê.

Esse menino era tão lindo que parecia uma lasanha acabando de sair do forno. Pra lá se foi minha marra quando vi o mesmo.

— Você deve ser a loirinha irmã do Gabriel, Manuela né? — sorriu e deu a mão como cumprimento.

Eu como não sou boba dei dois beijos no rosto.

Não nasci ontem, meu amor.

— Sim! — sorri — Você deve ser o caio que tanto falam, certo?

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