Capítulo 67

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Capítulo final.

Manuela.

Meses depois..

Finalmente véspera de ano novo, o final de um ciclo e o início de outro. Esse ano para mim foi uma loucura, minha vida mudou do dia para noite, eu hoje gostava de um cara que mal queria ver pintado de ouro e tinha ganhado o meu maior presente, meu herdeiro e minha vida.

O Benjamim.

Pedras no caminho? Teve, milhares delas, grande maioria me fizeram querer desistir de tudo, mas elas me fizeram ser uma pessoa forte, que batalha e de uma menina com vida fácil eu passei a ser uma mulher, que valoriza o que tem porque se esforça para ter suas coisas, que luta e consegue.

Tinha acabado o ensino médio, tive minha colação de grau e minha festa de formatura. O sonho de fazer faculdade de medicina lá fora eu teria que deixar de lado, eu tinha uma família aqui, um serzinho que precisava de mim e que eu queria ver crescer de perto. Eu sei que de eu fosse, estaria indo para no futuro dar o melhor para ele mas eu poderia fazer aqui e dar o mesmo futuro o mesmo.

Eu tinha escolhido ficar.

Há meses atrás eu rotularia este ano como o pior da minha vida, mas agora "olhando daqui, percebo que pessoas e circunstâncias tiveram um propósito maior na minha vida do que muitas vezes, no momento de cada uma, eu soube, pude, aceitei, ler. Parece-me, agora, que cada uma, no seu próprio tempo, do seu próprio modo, veio somar para que eu chegasse até aqui, embora algumas vezes, no calor da emoção da vez, eu tenha me rendido à enganosa impressão de que veio subtrair."

Deus tem o melhor para gente sempre e seus planos não devem ser questionados.

Nesses meses aconteceram muitas coisas, papai deixou duas das suas empresas para Gabriel e agora ele era o seu próprio chefe. Ben, tinha completado seus cinco meses e o tema do seu mesversário desse mês foi dos Minions e se eu contar que Alex veio fantasiado de Minion ninguém acredita.

Foi bizarro.

Diego tinha saído da empresa do seu pai, agora sua vida seria no Rio comigo e com Ben e não mais em São Paulo. Seu pai tentou acabar com sua vida de todas as maneiras, disse que não arrumaria outro emprego e iria passar toda dificuldade do mundo. E bom, agora Diego trabalhava para Gabriel, ele era seu braço direito pra tudo, ficavam de frente para os negócios juntos.

Tinha coisa melhor?

Eu tinha também saído da lanchonete, ficava distante demais pra mim e enquanto o Ben era mais novinho não tinha como ir trabalhar tão longe. Agora eu trabalhava em casa, ficava cuidando dos e-mails da empresa e outros assuntos, com o salário eu ajudava na casa, comprava as coisas para o Ben e o que eu sobrava eu guardava para quando começasse minha faculdade.

Não dependia do Diego para nada, ele me ajudava em muitas coisas mas eu gostava de ter o meu próprio dinheirinho.

Lya estava de viagem, iria passar o ano novo com seus avós em Curitiba. Mas mesmo de longe não deixava de encher o meu saco, todo dia me ligava por vídeo e me mandava milhares de mensagens.

Ligação on.

— Ai Lya, sério? — fiz cara de tédio — deixa de ser maluca e assume logo o que você sente pelo Alex — bufei e ajeitei o Ben no colo.

— Não sinto nada por ele — enfiou uma batatinha na boca — tá bom, talvez eu sinta — rolei os olhos — mas amiga, acho que ele não sente o mesmo, ele está diferente — choramingou.

— Ele continua o mesmo idiota de sempre e até acho que depois que você foi viajar, ele ficou meio tristinho — fiz biquinho.

— Quem? O Alex — Diego apareceu no meio da ligação. Abriu a geladeira e tirou um suco de caixinha.

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