14. Who are you?

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******** BRIANA

Abri a porta do apartamento da Kate depois de procurar horrores e estar sem êxito finalmente achamos, eu carregava aquele garçom que apoiava o seu braço em volta do meu pescoço, fechei a porta e deitei ele no sofá.

- Fica aqui deitado - eu estava toda atrapalhada, nervosa, assustada... Era uma confusão de sentimentos que eu não conseguia decifrar qual estava em alta, fui até a cozinha a procura do kit de primeiros socorros, e era tudo novo pra mim, eu não sabia onde começar a procurar, abria todas as prateleiras a procura até que achei na prateleira embaixo ao lado do fogão, corri até a sala com a maleta, abri e estava tantos instrumentos de enfermagem, e nesse momento me arrependo completamente de não ter ouvido quando o meu pai me dizia para seguir o ramo da saúde, eu não entendia nada, não sabia o que devia fazer e o homem não parava de sangrar e a gemer de dor - O que devo fazer? - perguntei assustada.

- Eu não sei - ele disse gemendo - apenas faça alguma coisa, estou perdendo muito sangue - peguei numa garrafa de álcool e joguei descontroladamente no seu braço, onde estava o raspão da bala, e ele deu um grito suficiente para qualquer vizinho ouvir, mas na verdade não havia nenhum vizinho ao redor.

- O que devo fazer agora? - minha mão estava cheia de sangue.

- Primeiro me dê algo para morder - procurei a minha volta algo que dê para ele morder e achei um pano grosso e o entreguei - Agora você precisa costurar essa ferida - ele colocou o pano entre os dentes e eu fiquei paralisada.

- A sangue frio? - ele abanou com a cabeça - Ok... - ganhei coragem mesmo com o meu coração aos saltos, peguei numa agulha própria para esse caso e na linha, enchi os pulmões de ar e soltei, engoli em seco - Eu nunca fiz isso na minha vida - ele apenas me deu um olhar de alguém que já estava ficando cansado, então eu me mantive firme e comecei costurando, e cada entrada da agulha que eu dava ele gemia de dor, aquilo era realmente doloroso e eu podia sentir na pele dele, terminei de costurar e tapei a ferida com adesivo, tirei toda sua camisa, e limpei o sangue em seu corpo com um pano húmido,seu peito era totalmente sarado, divisão perfeita, parecia um modelo, seu corpo era uma tentação enorme, fui passando o pano na sua barriga enquanto aproveitava sentir a sua divisão, ele estava mais calmo, como se a dor aliviasse um pouco, enxuguei todo o sangue que deixamos cair no chão, limpei aquele lugar da sujidade que causamos, lavei as minhas mãos e as zonas que estava com alguma gota de sangue, fiquei sentada no sofá mais pequeno enquanto ele estava deitado no maior tentando descansar, a respiração dele estava ofegante.

- Muito obrigado - ele agradeceu - me sinto bem melhor.

- Tentei dar o meu melhor - passei a minha mão nos olhos.

- Você conseguiu - me senti elogiada - Qual é o seu nome?

- Briana - respondi - e o seu?

- Chris - ele ficou olhando para cima, sem nada para dizer, mas eu estava cheia de perguntas e pesquisas para ir a fundo, estava com muita curiosidade sobre o que ele conversava com a aquela mulher na festa, que eu não entendia nada.

- Há quanto tempo você conhece aquela mulher? - perguntei impulsivamente, ele relaxou o corpo.

- A uns meses atrás, e você?

- A uns minutos atrás - quis rir, mas nada ia conseguir me fazer sorrir agora pelo que passei e vi - Você falou de uma fotografia, que fotografia você tem da família David?

- Uma fotografia da família, apenas isso - respondeu sério.

- Porquê razão ela teria uma foto da família David? - perguntei tentando lhe puxar informações - Ela é... Uma jornalista?

Trans - WeaponWhere stories live. Discover now