22. Invasion into the hospice

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Entrei pela parte de trás do hospício, era enorme com vários pavimentos e o quintal era ainda maior, havia vários seguranças no portão principal, mas como entrei pelas traseiras não fui vista por ninguém.

Comecei caminhando colada a parede sem fazer um mínimo barulho sequer, já era tarde demais e a maioria das pessoas já deviam estar dormindo, não via nenhum movimento a não ser de alguns seguranças, caminhei até a parte de frente e vi um segurança que rondava o lugar, andava de um lado para o outro com a sua arma na mão, esperei ele ficar distraído, virado de costas pra mim e atirei no seu pescoço com a bala de tranquilizante e ele caiu no chão.

Andei até ele e baixei para pegar as chaves que estavam na sua cintura, e abri a porta principal sem fazer barulho, e vi a recepção vazia, tudo estava vazio, como se todos já estivessem nos seus quartos.

Fui até a recepção e fiquei vasculhando a lista dos pacientes e os números dos quartos, e achei o Charles Samuell no quarto número 23, então não perdi tempo e fui caminhando silenciosamente, parei frente ao elevador pensando se usaria ou não... Pensei que daria muito nas vistas, então optei pelas escadas andei muito até quase a um corredor vinha uma enfermeira carregando uma bandeja com alguns instrumentos medicinais e cheios de sangue, então me escondi esperando ela passar e ela entrou numa outra sala e não deu por mim, subi mais as escada até o outro andar e fui procurando pelo quarto número 23 e BINGO! achei a porta, abri devagar e o quarto estava escuro, fechei a porta e comecei pegando na parede procurando um interruptor e achei, a luz se acendeu e estava o Charles deitado na cama dormindo que quando me viu começou despertando aos poucos.

- Kate ? - ele falou um pouco alto, mas ele não parecia estar bem, parecia meio tonto.

- Shhh - passei o dedo indicar no meio da boca - Pouco barulho, eu vou tirar você daqui.

- Isso é um sonho? - ele perguntou, me aproximei a ele e lhe dei um abraço.

- Não, não é. Precisamos sair daqui.

Ele parecia muito tonto, seus olhos vermelhos.

- Não sei se tenho forças para andar - tentei ajuda-lo a levantar mas caiu no chão, ele estava sem forças nas pernas - Meu Deus, me sinto tão fra-co - suas palavras soavam tão lentas.

O alarme começou soando por todo hospício, e percebi nesse exato momento que estava correndo perigo.

- Por favor não me deixa aqui - Charles parecia uma criança implorando de tanto medo - Não vou aguentar mais um dia aqui, por favor Kate.

- Shhh. Vamos dar um jeito, ok?

- Eu estou pagando todo mal que eu fiz - ele começou chorando - Talvez eu mereça isso, perdi o meu namorado, meu pai me odeia e agora acabei nesse inferno. Eu nunca fui uma boa pessoa Kate, eu nunca fui.

- Do que você está falando Charles? - perguntei mesmo eu sabendo do que ele estava se referindo mas eu precisava fazer ele confessar.

- Todos esses anos eu fui cúmplice dos crimes do meu pai - eles chorava amargamente - Eu vi meu pai fazendo mal a muita gente, ele... Já matou uma pessoa a minha frente.

- Quem Charles? Quem ele matou a sua frente? - eu sabia que era a minha mãe que ele estava se referindo mas eu precisava arrancar mais respostas.

- A minha ex madrasta. A fortuna que o meu pai carrega não é dele, nunca foi. Primeiro foi a minha mãe ... E depois aquela senhora... - se referiu a minha mãe.

- Ele também matou a sua mãe? - perguntei curiosa.

- Não, mas deu o mesmo golpe pra ela.

- E onde está a sua mãe? Me diz!

Trans - WeaponWhere stories live. Discover now