Capítulo final B

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— Nós não podemos... — Amanda abaixou o olhar, sentindo-se culpada.

— Precisamos de um hospital, precisamos nos curar... Não podemos tentar entrar em uma missão que poderá matar a gente... — Alice engoliu em seco, cruzando os braços. — Nós temos que sair...

— Venha com a gente... — Pedro implorou para Bia — Eles não valem a sua vida.

— Eu não... Que se foda. — Bia balançou a cabeça, em negação, e em passos rápidos se dirigiu até a porta — Fujam então... Seus covardes! — Ela abriu a porta, e recuoj um passo para o lado, dando passagem para os três.

Amanda e Alice se olharam, e depois para Pedro, e então ajudaram o rapaz a se apoiar em seus ombros. Os três, cabisbaixos, sairam do pequeno quarto e seguiram pelo corredor. 

Em passos largos, eles iam em meio aos corredores mal iluminados, procurando encontrar qualquer saída daquele labirinto subterrâneo. Pedro tinha dificuldades em caminhar com uma perna apenas, mas tanto Amanda quanto Alice mantiveram suas forças para ajudá-lo, carregando o rapaz por todo o caminho.

Após longos minutos, amanda apontou com o queixo para escadas ao fim de um corredor e, apressando-se, seguiram até ela. Os três paralisaram em pânico ao ver, então, o Corpo Seco pendurado no teto acima da escada, abrindo um sorriso maligno ao avistar o trio.

— Merda! — Amanda gritou, girando o corpo na direção oposta.

Alice e Pedro se viraram com dificuldades,  quase tropeçando em seus próprios pés com o movimento brusco de Amanda. Nenhum dos três se virou para o Corpo Seco, mas os três ouviram quando ele pulava para o chão, batendo suas mãos pesadas e esqueléticas contra a parede.

— Merda! Merda!

O Corpo Seco gargalhou antes de iniciar uma corrida atrás de seus alvos pelos corredores.

Bia parou em frente à porta de madeira, e observou as inscrições em sangue por toda a madeira

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Bia parou em frente à porta de madeira, e observou as inscrições em sangue por toda a madeira. Ela sentiu enojada por àquilo, mas balançou a cabeça, espantando tal sentimento. Tomando coragem com um longo suspiro, a jovem sacou sua arma e abriu a porta violentamente com os ombros.

Assim que entrou no grande aposento, Bia mirou na primeira coisa que viu se mover ali dentro. Era a mulher de vermelho, se levantando de uma longa mesa de jantar e puxando a sua filha para si. O tiro passou por alguns metros longe da mulher, parando ao cravar na parede de tijolos velhos.

Ela percebeu um vulto se aproximar, era o homem de máscara de gato. Rapidamente, a jovem se virou para ele, mas antes de conseguir mirar e disparar, o homem a alcançou e a agarrou com uma mão pelo pulso e com outra o seu pescoço.

Num movimento bruto, o homem levou todo o seu peso contra Bia, derrubando-a no chão. Com a queda, sua arma escapou de seus dedos. Ela gritou, e tentou um golpe contra o rosto do homem, mas ele bateu com a cabeça dela no chão com mais força. Bia balançou a cabeça, atordoada.

Noite Sangrenta Where stories live. Discover now