Capítulo 01

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Diferente das outras fanfics postadas aqui, essa esta sendo postada em primeira mão. Espero que gostem, e ñ se esqueçam de votar.;)

Lena Pov

Depois de uma noite agitada que eu tive, a ressaca estava mais do que presente em meu corpo. Pretendia passar amanhã todinha dormindo, mas os meus planos foram cancelados quando meu pai me ligou pedindo para que eu fosse até sua casa para tomarmos café em família. Por mais que eu não considerasse Alura como mãe, como meu pai gostaria, eu tinha um grande respeito e carinho pela mulher. De início não entendi muito desse café, mas acabei aceitando depois de anos fora da cidade, eu estava de volta, tinha apenas um dia, eu e Samantha Arias, minha melhor amiga bebemos como se não houvesse o amanhã.

Tomei um demorado banho, deixando todo o cheiro de álcool sumir, ficando ao menos um pouco representável. Escovo os dentes, depois meus cabelos. Opto por uma roupa casual, jeans e camiseta de meia manga, e um sapa tênis branco. Estava ótima assim, checo as horas em meu iPhone, 08:09,só de pensar que eu poderia estar dormindo ainda a raiva já me sobe pela cabeça.

- Estou saindo, não tenho horas para voltar. - aviso Sam que dorme agarrada em meu travesseiro.

- Tá, só bata a porta ao sair. - murmura de olhos fechados. Só sinto inveja da minha amiga naquele momento.

Pego o elevador, dentro da caixa metálica respondo algumas mensagens. Checo rapidamente a minha imagem no espelho, até que eu não estava nada mal para quem estava com uma ressaca das bravas. O prédio que eu estava morando não ficava tão longe da casa de meu pai assim, então preferi da uma caminhada para aproveitar aquele solzinho da manhã.

Quando chego próximo ao bairro que meu pai se mudou quando se casou pela segunda, avisto a casa que poucas vezes foi frequentada por mim. Vejo uma picape vermelha parada bem a frente, pelo visto eu não era a única intimada para o café da manhã. Subo os pequenos degraus até chegar a porta principal.

- Hey, querida. - Meu pai me abraça com seu grande sorriso de sempre. Seus olhos verdes me observaram com atenção, e pude ver os mesmo úmidos ao se afastar. - Estou tão feliz por estar de volta na cidade.

- Também estou papai. Senti sua falta. - o puxo de novo para um demorado abraço. - te amo!

- Também te amo, pequena. - sorri, senti tanta falta desse homem. Sempre foi apenas eu e ele, minha mãe faleceu quando eu tinha três anos, então Lionel foi mãe e pai ao mesmo tempo, e eu só tinha do que me orgulhar desse homem.

Logo fui arrastada para dentro da casa, tudo ali era tão perfeito. Alura que tinha feito a decoração, tudo de bom gosto. Quando ia perguntar da bolinha de olhos azuis, a esposa de meu pai surge na sala com ele em seus braços babando no babador preso em seu pescoço gordinho.

- Como meu bebê esta grande. -estico os braços pegando o menino no colo. De início ele estranha, afinal só me via por chamadas de vídeos, e por fotos que meu pai mostrava a ele. - Meu deus, você é muito lindo Liam.

Aperto meus lábios contra suas bochechas gordas, e quando olho pro lado quase perco o ar ao me deparar com uma garota loira de olhos azuis como os do meu irmãozinho. Mesmo por trás dos óculos não passam desapercebidos.

- Deixa-me te apresentar. - Alura puxou a garota pelas mãos até que ela estivesse mais próxima. - Essa é Kara, minha filha.

- Prazer Kara, é bom ver o rosto da pessoa que meu pai, e sua mãe falam pelas chamadas. - trocamos sorrisos enquanto nossas mãos se tocam.

- Lhe digo o mesmo. Estava curiosa para conhecer a famosa Lena Luthor. - empurra os óculos com o indicador. Pisco os olhos mais vezes que o necessário ao me perder naquela visão. Kara tinha um jeito de menina doce, os cabelos enrolados nas pontas, o óculos no rosto, uma calça que marcava suas curvas fazendo par com um suéter.

Liam logo esticou os bracinhos em direção a Kara. Pelo o que meu pai me contava por ligações, Kara estava sempre por ali ajudando Alura com Liam, então era compreensível que nosso meio irmão queria ela naquele momento. O garotinho tem onze meses, ele era o primeiro filho dos dois juntos, e pela idade que ambos tinham seria o primeiro e único, se eles não optarem pela adoção. Meu pai esta com quase cinquenta anos, e Alura com quarenta e dois.

Depois das devidas apresentações, fomos todos nos sentarmos em volta da mesa de jantar. Já estava tudo pronto, acredito que estavam apenas me esperando. Sorrio feito boba quando Liam fica me encarando sentado em seu cadeirão, enquanto toma sua mamadeira de vitamina. Nunca fui muito paciente com crianças, raramente tive contato com uma, e olhar para o bebê do outro lado da mesa me causava curiosidade.

[...]

- Vim com uma amiga, pai. -deixei a xícara em cima da mesa de centro.

- Apenas amiga mesmo? - o homem arquea as sobrancelhas. Depois do café nos sentamos na sala para uma conversa. Que eu eu era lésbica não era novidade para meu pai, me assumi aos dezesseis anos, e ele sempre me apoiou.

- Sam é como uma irmã. -deixei claro ao ter Alura e Kara me observando. Alura apenas deu meio sorriso me servindo com mais chá.

- Mais me diga querida, como anda a vida amorosa? Uma menina linda como você não deve esta sozinha. - Alura realmente parecia interessada.

- Estou sozinha, não achei a pessoa certa ainda. - me limitei. Pelo canto dos olhos observei Kara que estava em silêncio o tempo todo.

- Está certa. No momento certo encontrará a sua pessoa. - apenas assenti descansando a cabeça no estofado do sofá. Fiquei ali mais um pouco, segui meu pai até o escritório onde fiquei recebendo muitos mimos do mais velho.

Depois do almoço agradável, acabei indo pra casa, e Kara foi pra sua, a loira morava a algumas quadras dali. Cheguei me jogando na cama ao lado de uma Samantha preguiçosa.

- Como foi lá?

- Até que foi legal. Pude matar um pouco da saudade do meu pai, conhecer meu irmãozinho. - sorri ao me lembrar de Liam. - Conheci a filha da Alura.

- Ela é gata?

- Samantha. -lhe empurro pelos ombros rindo. - Ela é muito bonita, parece uma menininha doce.

- Já esta apaixonada, sapatão.

- Claro que não. Me apaixonar por uma hétero seria o fim da picada.

Ficamos ali papeando até que a noite chegou. Pedimos pizza, e decidimos ficar em casa em vez de irmos para um barzinho. Sem coragem de ir para seu quarto, Sam e eu dormimos abraçadas.

- Lee, seu celular esta tocando. - Abri os olhos devagar. Me estico na cama para alcançar o aparelho no criado mudo.

- "Alô" - murmuro sonolenta.

- "Boa noite, Lena Luthor?"

- "Sim"- olho no relógio e vejo que é quase três da manhã.

- "Desculpa em te dá a notícia assim, é que seus pais, Lionel e Alura Luthor sofreram um acidente na estrada, infelizmente vieram a óbito no local do acidente. O número da senhora estava no contato de emergência dele".

E de repente tudo em minha volta parecia girar.

Juntas Pelo Acaso| KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora