2 temporada- capítulo 44.

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As pessoas foram se sentando enquanto Mai assessorava Any antes do discurso.

Christian: É o terceiro da noite –falou –Ela não vai demorar ou vai?

Alfonso: Não me deixou chegar perto do discurso, então faço ideia. Mas tu conhece Any melhor do que eu, sabe que ela detesta falar em público.

Christian: Você tá cheirando a sexo.

Alfonso: Ow! –olhei pros meninos.

Christian: Mas é verdade, não podem se controlar nem em público?

Alfonso: Quando foi que ficou discreto assim, hen? –debochei.

Ele fez língua para mim.

Alfonso: Filho, para de tentar tirar essa gravata –segurei na mão de Filipe.

Filipe: Tá incomodando, pai.

Alfonso: Só mais uns minutinhos, pode ser? Já perdeu o paletó, sua mãe não vai gostar de te ver sem gravata no discurso dela.

Filipe: Tá, mas depois você tira.

Alfonso: Tiro sim–sorri negociando.

Anahi: Bem, oi –disse no microfone –Quero começar dando alguns recados primeiro, pode ser?- Os convidados ficaram em silêncio, esperando. Duda era alheia a essas coisas, é claro, estava puxando meu cabelo e batendo palma. Segurei na mãozinha dela e mordi sua bochecha, a fazendo rir.

Anahi: Vou começar falando que odeio falar em público, to aqui porque fui praticamente obrigada, não é, Alfonso?

Eu assenti sorrindo e algumas pessoas sorriram.

Anahi: Então não vou me demorar muito, porque eu sei o quanto vocês acham isso uma chatice e eu concordo –sorriu –Vou aproveitar a oportunidade e esclarecer umas coisas para os jornalistas presentes: meu marido, aquele ali na primeira fila sorrindo bobo com sua filha no colo, pai coruja que só, não assinou nenhum contrato com nenhum time, nem para jogar, nem para ser técnico. Sei, é muito frustrante para os fãs, mas ele também não vai assinar. Alfonso quis encerrar a carreira com chave de ouro e nós devemos respeitar, o máximo que ele vai fazer é comentar alguns jogos.

Balancei a cabeça, sorrindo.

Anahi: Segundo, não vamos ter mais filhos. Três já nos dão muito trabalho, então agradeceria se parassem de especular quem será os padrinhos de um bebê que não vai nascer. E, para as recalcadas e invejosas nós também não vamos nos separar. Só um aviso básico para que, se alguma mulher nutrir um desejo de seduzir meu marido, como diz meu filho mais velho, tirar o equino da perturbação pluviométrica, frase popularmente conhecida como: tire seu cavalinho da chuva!

As pessoas riram.

Maite: Ela não muda –falou.

Alfonso: Nunca. –ri.

Anahi: Por último, nada contra nenhum partido político, mas podem parar de procurar meu marido? Ele não vai ser vereador, deputado, prefeito, govenador, presidente, imperador, dono do mundo, que seja! Porque ele não quer e porque eu não quero meu marido fazendo papel de palhaço em público, prefiro ter total exclusividade nisso e nós já temos dinheiro o bastante para querer roubar os pobres coitados. Gostamos de ajudar e é por isso a ONG, ninguém aqui quer vida política.- Algumas pessoas bateram palmas. Duda adorou. Tive que segurar suas mãozinhas de novo.

Maria Eduarda era nosso deleite, tão charmosa quanto a mãe, era impossível não fazer suas vontades ou não gostar dela e até mesmo Filipe que, todo enciumado, disse que a detestava, se rendeu aos seus encantos e era como uma sereia, com seu canto a beira-mar levava qualquer mortal para as profundezas do oceano. Por isso eu babava por ela, fui seu primeiro escolhido, seu refém, seu servo. Eternamente.

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