Mudanças repentinas

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Após a morte da mãe de Geisy, tive a certeza que aquelas caras não estavam brincando.

Fiquei do lado de Geisy em seu pior momento, sabia a dor de perder uma mãe e odiava vê-la chorar.

O cemitério que já era triste, pareceu estar pior. Geisy chorava cada vez mais. O túmulo fechado partia o coração dela a cada segundo.

Geisy ficou em silêncio, se afastou do túmulo e então me abraçou.

- Obrigada por estar comigo.

- Não precisa agradecer em nada. - disse, beijando sua testa.

Sua tia nos acompanhou até o lado de fora do cemitério. Levei as duas para casa. Durante o trajeto, Geisy e sua tia mantiveram-se em silêncio. Não liguei o som do carro por respeito ao luto de ambas.

Parte da culpa era minha, não deveria ter subestimado o poder desse desgraçado, mas jamais poderia fazer o que ele queria. O único caminho era revelar tudo para Geisy, mas não agora, precisava de um tempo.

- Amor, você quer que eu fique mais um pouco?

- Não precisa. Pode ir. - disse ela, segurando minha mão.

- Ok. Se cuide.

Beijei ela e então entrei em minha BMW. Não estava tranquilo, como dormiria em paz sabendo que a qualquer momento Geisy e sua tia poderia ser atacada?

Chegando em minha mansão, concentrei meus pensamentos em Geisy, tinha a intenção de descansar, logo depois de deitar, alguém tocou a porta.

- Volte depois, por favor, Willians.

- Não é Willians que está falando. Sou eu!

Antes que revelasse o nome, reconheci. Era Fernanda.

- O que você está fazendo na minha casa?

- Obrigada pela gentileza. - disse ela, entrando no meu quarto.

- Pode sair, eu não estou a fim nem de conversar hoje.

- Seu filho está lá embaixo.

- O quê?

- É isso mesmo que você ouviu.

Coloquei a mão na cabeça, desacreditando. Não estava bem para dar atenção a ninguém.

Não respondi Fernanda, desci as escadas, correndo. Ela veio atrás.

Fernanda passou na frente e então trouxe da cozinha o menino que era mais lindo do que imaginava.

O menino estava tímido, deu alguns passos para trás e ficou escondido entre as pernas de sua mãe.

- Esse é Sermen, seu pai. - disse Fernanda.

O menino não reagiu, ficou olhando para ela e se escondendo cada vez mais.

- Vai lá dar um abraço no tio.

Mesmo tímido, o menino veio até a mim e me abraçou. Peguei ele no colo e então senti o que era ser pai. Ele era a minha cara, estava apaixonado por ele.

- Gosta de brigadeiro?

- Sim. - respondeu, ainda tímido.

- Vamos fazer um monte então.

Levei ele para a cozinha e com a ajuda de uma empregada, fizemos brigadeiro. Depois de comermos brigadeiro, levei ele para uma sala que tinha do lado do meu escritório, lá era um mini cinema onde se divertia as vezes.

Willians nos levou pipoca salgada e doce. Ficamos por lá até madrugar. Como era tarde, deixei que Fernanda ficasse em minha casa, claro que não dormimos no mesmo quarto.

Ajoelhou, vai ter que me amar.Where stories live. Discover now