Obsessão

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Despertei do meu ser e então vi Geisy na cama, amedrontada.

Não sei como tinha feito aquilo, não era o momento pra assustá-la. Ela não era igual Fernanda, com certeza não me perdoaria.

Envergonhado, fui para o banheiro tomar banho. Debaixo do chuveiro, fiquei pensando no que tinha feito. Apesar de estar envergonhado, foi muito bom, gozei por várias vezes.

Terminando de tomar banho, voltei para o quarto e vi Geisy no mesmo lugar, sentada, coberta pelos lençóis.

Se aproximei dela com receio de receber algum grito, mas ela se manteve quieta, apenas me olhando.

- Está assustada?

- O que foi aquilo? - perguntou.

- Eu não sei explicar...

- Era disso que Fernanda estava falando?

- Não acredite nessa mulher. Ela quer arruinar a nossa relação!

- Pode até ser, mas você me tratou como uma puta na cama, do jeito que ela me disse.

Estava tão nervoso que gaguejava por diversas vezes.

- Eu achei que você gostava de uma relação sexual selvagem.

- Aquilo não foi selvagem. Você me xingava, mas não era com tesão e sim com raiva.

- Me desculpe, eu não consegui me conter.

- Não faça eu sentir medo de você, caso isso acontecer, tudo estará terminado entre nós. - me avisou, Geisy.

- Não diga isso. Eu prometo ser o meu melhor, mas não diga isso.

- Então trate de melhorar, pois estou falando sério.

Geisy se vestiu e foi tomar banho. Como tinha algumas coisas para resolver no trabalho, me arrumei e sai, sem tomar café, mesmo.

Willians ficou preocupado com minha saída rápida, mas não me impediu. Ele sabia que quando amanhecia e não fazia questão de tomar café, era porque estava muito nervoso.

A prova disso seria quando ele entrasse em meu quarto. Encontraria muitos litros de bebidas, os lençóis bagunçados e copos espalhados pelos quatro cantos.

Tentando deixar um pouco de lado meus pensamentos em relação a Geisy, foquei em desmascarar Lúcio. Aquele safado, com certeza estava me roubando. O pior de tudo é que ele ganhava muito bem, mas a ambição sempre corrompe os homens, e ele tinha corrompido nossa amizade por algumas notas.

A armadilha que tinha planejado era o seguinte: mandaria ele depositar um dinheiro e depois fingiria que sairia mais cedo, aí era só flagrar ele.

Se eu pudesse, mandaria todo o dinheiro para o carro forte, mas tinha alguns lucros que precisavam ser depositados por funcionários mesmo.

Lúcio veio até minha sala, logo quando cheguei. Parecia estar eufórico.

- Bom dia, senhor!

- Bom dia, Lúcio. Está feliz hoje, hein!

- Sim. Tudo está dando certo, graças a Deus.

- Ah, isso é bom. - disse. O desgraçado ainda colocava o nome de Deus no meio das sujeiras. Antes que pudesse sair, o chamei. - Lúcio!

- Pois não, senhor?

- Você não seria capaz de me trair nunca, não é mesmo?

- Claro que não, senhor. Por que essa pergunta?

- Por nada. Gosto de ouvir a verdade das pessoas.

- Pois acabou de ouvir uma. - disse ele, sorrindo e se retirando da minha sala.

Ajoelhou, vai ter que me amar.Where stories live. Discover now