Último Capítulo

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Geisy se mudou junto com sua tia para uma casa antiga que era propriedade de sua mãe. Até então essa casa estava abandonada, pois o último inquilino tinha morado ali há dois anos.

Como não tinha muito o que fazer no Brasil, resolvi voltar para Yorkshire. Sabia que não faria bem ficar na mesma casa que fiquei ao lado de Geisy, mas vê-la a todo momento, na mesma cidade, era bem pior.

O amor talvez seja algo que sentimos em um momento e então ele some. Sempre tentei acreditar que o amor fosse eterno, mas os meus relacionamentos conturbados provaram que ele é como nós, passageiros.

Doía em mim toda vez que imaginava ver Geisy com outro alguém, mas eu tinha que aceitar a situação, afinal o causador de tudo isso era eu.

Ao embarcar no avião, senti que aquela era a última vez que veria o Brasil. Yorkshire era um lugar tranquilo, e a paz que o território me trazia, convenceria de ficar por lá.

Como ainda tinha esperança, deixei o contato de Geisy, salvo em meu celular. O meu orgulho não faria chamá-la, mas acreditava que ela tomaria essa atitude.

Dei duas semanas para isso acontecer e então recebi um silêncio que parecia ser eterno.

Ela não me chamaria mais. Não estava interessada em falar comigo. Após um mês, vi que tinha sido bloqueado dos contatos dela, atitude suficiente para derrubar toda minha esperança no ringue e jogar a toalha branca.

O mundo virtual as vezes nos deixa estranho, eu sabia que o nosso relacionamento já tinha terminado, sabia -que Geisy não voltaria comigo, caso eu não pedisse e mesmo assim, levei em conta ela bloquear meu contato.

Como nunca fui um homem de chorar por mulher, guardei meu celular no bolso e partir para Londres, procurando velhos conhecidos para me ajudar a criar um negócio.

- Está dizendo que vendeu sua empresa para aquele diretor idiota?

- Sim. Mas isso é passado. Estou precisando de ajuda para criar minha nova empresa.

- Ajuda legal?

- Sim. Não quero mexer com nada ilegal.

- Me conte o que está pensando? - perguntou Augusto.

Augusto era um grande empresário que cresceu em Londres através de franquias. Ele tinha inaugurado sua primeira loja de calçados femininos no centro de Londres. Não sei de onde tinha tirado capital para isso, pois sempre foi pobre, mas conseguiu fazer muito sucesso.

- A minha ideia é criar uma loja de brinquedos.

- Brinquedos?

- Sim. Eu tive essa ideia após ouvir de meu filho alguns brinquedos que ele gostava. Percebi que as crianças são as grandes responsáveis por fazer seus pais comprarem coisas além do planejado.

- Ok. Mas qual vai ser o seu diferencial.

- A criança cuida do brinquedo e se ela não quebrar aquele brinquedo durante 6 meses, ela ganha outro novo.

- Interessante. Isso geraria muita curiosidade nos pais.

- Exatamente! - disse, feliz.

Augusto que não era bobo, aceitou a proposta e entrou com o capital em minha nova empresa. Em menos de 5 meses, a primeira loja de brinquedos estava sendo inaugurada.

A minha experiência como empresário foi a peça chave para o negócio dar certo. Em menos de um ano, minha loja já estava figurando entre as lojas que mais vendiam brinquedos em Londres.

Com o dinheiro vindo como se fosse água, comemorei todas as vitórias do jeito que eu mais sabia fazer: beber espumante e transar com algumas mulh-eres.

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⏰ Last updated: Aug 09, 2020 ⏰

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Ajoelhou, vai ter que me amar.Where stories live. Discover now