11 - Moments.

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“ Capítulo 11 „

Jungkook? — A voz estava calma, a respiração, antes agitada, suaviza aos poucos enquanto aguardava a reação alheia.

Jimin se sentia ansioso, não sabia o que esperar; não sabia o que Jungkook poderia estar pensando, naquele momento, diante a fotografia que guardava o motivo daquele quarto ainda existir.

Com o coração acelerado, pensava em disparar explicações, frases para amenizar o impacto da descoberta, mas pensando melhor, percebeu que isso não faria sentido, além de que nem sabia o que dizer.

Não mentiria; sabia que as chances do moreno encontrar aquele quarto seriam altas, afinal, foi ele mesmo quem convidou refletindo e pensando duas vezes sobre tudo que poderia vir a acontecer.

Mas estava com medo agora.

Tudo ia tão bem, por que sempre havia algo para foder com as coisas? Por que parece que não esperava por isso?

— Hey, Jungkook... — chamou novamente, após não receber resposta alguma.

Tentou se aproximar, mas foi em vão, pois Jeon afastou-se outra vez. Suspirou, cansado emocionalmente.

— Não faz assim… — preocupou-se — Vamos conversar?

— Eu não… — pausou, parecendo estar organizando as palavras, ainda sem olhá-lo nos olhos — Eu não sei se quero conversar…

Jimin sentiu uma batida falha: aquela resposta, definitivamente, lhe tirou de órbita e o desespero começou a dar sinal.

— ...Mas eu quero te ouvir.

Oh.

— Então fale, o que significa tudo isso? — olhou ao redor — Você… — engoliu o choro — Você estava… O que é isso, Jimin? Não estava nos… — a imagem de Jungkook segurando o choro lhe doía o interior — ...usando para suprir algo…? — ao final da frase, olhou Park nos olhos, mostrando os olhos magoados.

— Eu jamais usaria você, Jungkook — negou com a cabeça — Você e muito menos os seus filhos — Estava, de certa forma, surpreso com a frase, magoado, até, mas não o culparia por pensar o pior.

Jungkook respirou fundo, buscando acalmar seu coração.

Desde muito novo, quando ainda morava no orfanato, Jeon havia passado por várias situações que lhe fizeram acreditar na própria fraqueza. Os traços da personalidade ingênua, gentil demais, atrapalhava na hora de enxergar a maldade no mundo.

As pessoas se aproveitavam disso.

Era humilhado, feito de bobo, mas sempre perdoava, esquecia. Afinal, o que Jeon tinha a perder? Nada. Tudo que possuía era seu próprio mundinho para qual fugia quando estava triste, cansado — e acontecia com frequência. Lá, e apenas lá, ele era forte. Fora dele, de nada adiantava tentar bater de frente com os outros; nunca iria conseguir.

Nas ruas sobreviveu os dias a base de mais humilhações, o mesmo se passou com o ex. Esse tipo de situação tornou-se habitual durante um bom tempo.

Passou a ter o que perder: os filhos, seus maiores tesouros. Isso o fez ficar mais atento a tudo, por eles.

Mas então conheceu Jimin e percebeu o que poderia ter se escolhesse as opções certas. Teria mais. Merecia mais.

O problema real era a desconfiança. Por mais que tentasse analisar, julgar as ações de Jimin, nunca conseguia segurar a hesitação e acabava se entregando ao momento. Era um homem bom, doce e gentil. O ajudou a dar uma vida digna aos filhos, com quem tinha uma dívida eterna — jamais se perdoaria por fazê-los passar por tanto. Park mostrou que era alguém merecedor de respeito, gentileza e uma segunda chance.

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⏰ Last updated: Oct 18, 2021 ⏰

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THE RIGHT FATHER TO MY SON • jjk+pjm Where stories live. Discover now