Verde

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Na manhã seguinte, Draco abriu a porta da sonserina para se deparar novamente com um certo grifinório encostado na parede das masmorras.

"Está verde!" exclamou o moreno ao vê-lo. Draco quis se esconder de vergonha, mas no fundo tinha gostado da cor—parte porque era parecido com o tom da sua casa e secretamente porque o lembrava da cor dos olhos de Harry.

"Está verde, e você está, aqui? Não cansou de reclamar por ser um péssimo perdedor, Potter?" perguntou ao se aproximar. Draco decidiu começar a ir andando para o salão principal para evitar os olhares dos outros alunos, principalmente os olhares de Harry, que pareciam congelados em seu rosto, observando o seu cabelo com um olhar que ele não sabia bem descrever.

"Olha quem fala!" Harry o alcançou rápido. Draco tinha percebido que o grifinório estava fazendo um hábito de aparecer pelas masmorras todos os dias—o que não deveria trazer alegria as manhãs de Draco, mas trazia.

Draco se sentia mais confiante hoje. Talvez pela cor do cabelo não o desagradar tanto, ou também pela noite anterior. Os dois jogaram até cansar, e o melhor de tudo é que Draco estava exausto demais quando chegou no quarto para pensar muito se aquela noite tinha significado alguma coisa. O que se provava inútil agora que o grifinório estava ao seu lado, determinado a andar com ele para o café da manhã, como se eles nunca tivessem se tratado como inimigos antes.

"Draco!" alguém chamou quando eles estavam próximos do salão principal. Se virando, ele viu Theodore Nott vindo em sua direção. "Tô vendo que o espírito sonserino não o deixa." brincou Theo, olhando seu cabelo.

Draco empurrou o outro sonserino em resposta, o que só fez ele rir. Harry ficou parado ao seu lado olhando de um para o outro.

"Hm... Até depois, Potter?" disse o ex-loiro, um tanto hesitante, quando olhou de volta para o grifinório. Draco não sabia como se portar diante os outros com Harry. Os dois se estranhavam por tanto tempo que a escola inteira estava ainda mais confusa ao ver as interações da dupla, e para Draco era muito pior. Todos sabiam que Potter não era mau, contudo, todos suspeitavam de cada passo que o sonserino dava.

Harry afirmou com a cabeça, olhou dele para Theodore, com o que Draco pensou ser um olhar desapontado e foi para a sua mesa.

———

Harry, Hermione e Ronny tinham um período livre naquela tarde e os três foram juntos até o lago de Hogwarts. As árvores por perto estavam em um tom outonal de laranja e o dia estava mais quente e perfeito para ficar fora do castelo. Chegando lá, eles deitaram na grama. Luna e Gina, tendo a mesma ideia, também logo os avistaram e foram sentar com eles. Hermione imediatamente enfiou a cara em um livro enquanto Luna estava ensinando Gina a fazer coroas de flores. Ron e Harry ficaram jogando conversa fora até que o ruivo caiu no sono. Harry estava encostado em uma árvore, quase cochilando também quando sentiu algo sendo colocado no topo de sua cabeça.

"Agora está coroado." disse Luna com um sorriso quando ele abriu os olhos.

"'Harry Potter, o menino das flores.'" zombou Gina. Harry tirou a coroa da cabeça para vê-la. Ela continha flores azuis com ramos brancos e folhas verdes adornando toda ela.
Era a cara da Luna fazer algo assim.

"Você não acha que Draco iria ficar perfeito com uma, Harry?" com a menção do nome do sonserino os olhos de Harry se moveram para Luna. Ela estava olhando alguém ao longe, e Harry viu que Malfoy estava sentado com Theodore Nott ali perto.

Por quanto tempo ele está ali?

"Uhum" confirmou sem prestar atenção nas amigas.

Rainbow - Todas as cores de Malfoy (Drarry)Where stories live. Discover now