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Capítulo 7: Desconfiar

Olá meus queridos e amados leitores! Antes de mais nada gostaria de dizer que se vocês acham que Karla será uma garota frouxa, conformada e manipulada como ninguém, estão enganados. Com certeza será a personagem mais sóbria desta história com um senso de realidade poderoso e me orgulho de avisá-los sobre isso.

Agora, um pequeno recadinho.

Irei fazer um grupo para AMC e quem quiser participar para compartilhar teorias e receber novidades, só mandar o número no privado ou deixar aqui em baixo. Uma amiga muito próxima que me ajuda com o enredo da história estará nele, então vocês verão ela surtando com frequência com teorias justamente por saber da verdade rs.

Número:

É isto. Tenham uma boa leitura e até a próxima! (Obs: Me falem se eu não fui o flash pra escrever esse cap. Apenas três dias após a última atualização e já trouxe um capítulo fresquinho!).

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desconfiar

1.transitivo indireto

considerar como possível, embora sem elementos que o comprovem; supor, julgar.☞ ver gram a seguir.

2.transitivo indireto e intransitivo

pôr-se de sobreaviso (com relação a alguém); duvidar da sinceridade.

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São exatamente quatro e cinco da madrugada e a festa está rolando à todo vapor no dormitório de Normani. Uma pena eu já não estar mais lá, mas não gostaria de me atrasar ou até mesmo dormir na minha primeira aula, que será dentro de poucas horas. O que me restou não foi ficar até a última pessoa cair, mas sim descansar o corpo e a mente para não perder o controle em um dia tão importante.

Mesmo com futuras aulas pra pensar, projetos, novas amizades, objetivos e entre diversas outras coisas, não paro de pensar em um único acontecimento. Uma cena que me tirou as palavras, a estabilidade em minhas pernas e o ar, me deixando somente com mais questionamentos do que eu já tinha.

O que fazer quando se espera convidados para uma festa e ao abrir a porta encontrar uma garota que está vendo pela terceira vez na vida, aos beijos com uma total desconhecida?

Poderia muito bem dizer um "Olá, não quero interromper, mas entrem! Sintam-se a vontade." ou "Acho que estão no local errado, um motel seria mais conveniente.", mas não. Sabe qual foi a minha verdadeira reação? Congelar. Congelar mentalmente e fisicamente. Normani teve que me salvar com mais um dos seus puxões - que em um futuro próximo poderá vir a desmembrar o meu braço - enquanto Ally controlava e acobertava toda a situação, assim convidando as garotas para entrar.

Conversas e mais conversas, notícias e mais notícias, argumentos e mais argumentos e apesar de sentir raiva de uma garota homossexual, não necessariamente por ser o que é, e sim por ser a culpada do meu acidente, não estou totalmente certa se devo realmente abominar homossexuais como Sinuhe vem me dizendo. Ao parar pra analisar, são apenas pessoas que gostam de pessoas do mesmo sexo e eu não consigo formular, com todas as informações que tenho, um bom motivo para odiá-las.

O que de tão errado tem nisso? Que perigo isso pode trazer a sociedade? O que há de errado em uma garota se atrair por mim?

Eu congelei sim, mas em nenhum momento me passou pela cabeça em as atacar com palavras ou expulsá-las. Somente houve o constrangimento que bateu e ficou. Seria louco dizer que no momento em que essa cena aconteceu, me senti extremamente desconfortável? Não, não seria, mas seria louco se eu dizer que gostaria de ter sido apresentada para aquelas duas garotas, pois isso não aconteceu.