Tenho alta do hospital em uma sexta-feira, as três e meia da tarde.
Sophia está aqui, me ajudando com a pequena mala e com os documentos que tive que assinar. Ela veio muito para cá durante minha recuperação, leu para mim, e até se arriscou a dançar, mas o espaço não ajudou muito. Pelo menos nos tirou boas gargalhadas.
Mas a melhor parte foi a conversa. Falamos sobre tudo um pouco. Meu trabalho, as pinturas, rimos ao nos lembrar de algo engraçado que aconteceu a alguns anos e contamos um ao outro como foi o tempo separados.Fiquei apenas uma semana no hospital, mas parece que foi por um século. É horrível ficar deitado na cama comendo pudim ruim de sobremesa e recebendo uma atenção indesejada. Quero o conforto da minha cama, meus pincéis e minha tela, a televisão cheia de programas legais, e óbvio, comida boa.
Doutor Wilson disse que eu terei que ficar de cama por mais alguns dias até estar cem porcento recuperado, mas não é um grande problema. Pelo menos não estarei mais aqui.
A linda garota de cabelos loiros me ajuda pegando meus pertences, e finalmente saímos da sala razoavelmente grande e com decorações bregas que aprendi a me acostumar durante os dias que passei aqui.
— Estou tão feliz que você vai poder finalmente voltar pra casa! — Sophia exclama, sorridente.
— Eu também, loirinha. — respondo, retribuindo o sorriso caloroso.
O único problema é que terá Baardsson's demais em minha casa. Meu pai e meu irmão ainda não foram embora, e provavelmente vão ficar por mais tempo do que imaginei.
Não estou exatamente feliz com essa notícia. Terei que trabalhar mesmo sem poder e ouvir todas as idiotices que saem da boca do meu irmão mais novo — por mais que ele esteja bem melhor do que antes — sem reclamar.Assim que atravessamos o corredor, sou recebido de pé por uma grande quantidade de pessoas. Não consigo conter o sorriso em meu rosto, e a sensação de ser importante que passei vinte e um anos sem saber como era se aciona em meu peito.
Connor, Gabe, Grace, Callum e Kim estão sorrindo para mim e se aproximando para me abraçar, enquanto meu pai continua sentado checando o relógio e Will olhando para todo mundo sem entender muito bem. Acho que ainda não se acostumou com a ideia de eu ter amigos. Nem eu me acostumei ainda, mas não tenho nada para reclamar.Sophia segura em meu braço quando termino de cumprimentar todo mundo, e eu trato de os agradecer pela atenção.
— Obrigada por terem vindo. Foi muito legal da parte de vocês, de verdade.
— Que isso, Max. Você sempre esteve lá pra mim também. Isso é o mínimo que tenho que fazer, e não é um grande sacrifício. — Gabe responde antes de todo mundo.
— Pois é, seu bobão. Você é meio chato e coração de gelo as vezes, mas ainda é meu melhor amigo, e eu te amo. — Grace diz, sorrindo.
— Tem ideia do susto que me deu? Se fizer isso de novo eu te mato! — Connor é rápido em dizer. Dou uma gargalhada alta com sua declaração.
YOU ARE READING
Marcante como a Lua [✓]
RomanceLivro 2. [É necessário ler "Forte como o Sol" primeiro] Dois anos se passaram desde a terrível tarde que determinou o futuro de Max com a garota que amava. Ele se vê de volta em seu país natal, trabalhando na empresa multimilionária de seu pai...