[CONCLUÍDA]
Rose Stewart nunca gostou de confusões, brigas ou qualquer outra coisa que se assemelha à palavra caos. Ela salva vidas, sendo uma das melhores médicas do hospital público em que trabalha. Entretanto, sua vida e os seus costumes começam...
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Caminho pelo corredor extenso e pouco movimentado do hospital, enquanto as palavras do “paciente misterioso” não saem dos meus pensamentos. Busco pensar em algo que seja o suficiente para distrair os meus pensamentos, no entanto, falho miseravelmente e paro onde estou, tentando recobrar os meus sentidos. É verdade que me sinto inteiramente atingida pelo seu tom de voz grave e rouco. Contudo, para me conquistar é preciso muito mais do que isso. Faço uma careta ao perceber que citei a palavra “conquista” e isso, definitivamente, está fora de cogitação. Além disso, aquele rapaz deve estar inconsciente ao julgar pelo estado dos seus ferimentos e não sou uma mulher fácil. Aliás, não existe um porquê evidente para estar pensando naquele coreano.
Puxo oxigênio para os pulmões e volto a caminhar, sentindo meus pés doerem dentro do tênis que uso. Ao chegar na recepção silenciosa, sento-me em um dos bancos vazios e, por alguns instantes, fecho os meus olhos e desfruto do ambiente silencioso. Eu particularmente gosto de uma boa música, principalmente nessas horas. Abro os olhos e solto um bocejo longo, espreguiçando levemente o corpo para frente. Eu estou cansada e não posso deixar o cansaço me vencer dessa forma. Para entreter o meu cérebro, tiro o celular do bolso e vejo o nome da minha melhor amiga brilhar na tela em duas mensagens, já que foi no momento em que o “descarado” chegou no hospital. Desbloqueio a tela e entro no aplicativo de mensagens, clicando no contato dela em seguida.
Mel ♡: Oi bombom! Está trabalhando hoje?
Eu: Estou sim, Mel. Bem cansada e com cólica também.
Mel ♡: Poxa, Rose. Também estou cansada. O dia foi cheio, mas produtivo.
Eu: Estou com saudades, quenga!
Mel ♡: Nem me fale. Vamos marcar de sair na sua folga?
Eu: Vamos. Estou precisando sair com você, doidinha.
Mel ♡: Fechado, amiga!
Eu: Como estou de plantão hoje, minha folga será no sábado.
Mel ♡: Melhor ainda! Quero te levar em uma boate. Aposto que você vai encontrar o seu Jack lá, KKKKKKKKK.
Reviro os olhos e abro um sorriso. Ela nunca deixa de citar o filme Titanic em nossas conversas, alegando que em breve encontrarei o meu Jack. Ah, se ele for tão bonito como o Leonardo DiCaprio no filme quem sabe, não? Rio com o meu pensamento tosco e trocamos mais algumas mensagens. Com vinte e quatro anos só namorei dois caras: um no ensino médio e o outro na faculdade. O primeiro terminei porque descobri que estava sendo traída com a metade do colégio e o segundo porque não consegui desenvolver nenhum tipo de sentimento pelo dito cujo ou seja, nunca me apaixonei por nem um homem. Claro que tive alguns casos de uma noite apenas, contudo, o meu trabalho toma muito o meu tempo.
