[CONCLUÍDA]
Rose Stewart nunca gostou de confusões, brigas ou qualquer outra coisa que se assemelha à palavra caos. Ela salva vidas, sendo uma das melhores médicas do hospital público em que trabalha. Entretanto, sua vida e os seus costumes começam...
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Há cinco dias atrás eu transei com Kim Namjoon. Tudo bem, foi sexo casual e eu gostei. Gostei muito do seu jeito carinhoso, mas ao mesmo bruto. Ele, além de ser o homem mais misterioso que já vi, é muito bom de cama também, fato esse que deve permanecer guardado em minha mente. No entanto, o que tivemos naquela noite de sábado, dentro daquele quarto de hotel, deve ficar apenas lá. Foi uma noite apenas, assim como ele me disse no pub. Eu consegui me saciar bem mais do que pensei, ele estava focado em me dar prazer e justamente conseguiu. E o pior: eu não consigo deixar de pensar em seu sorriso safado, nos seus suspiros e gemidos.
Me sinto uma tola, totalmente. Nós transamos uma única vez e cá estou eu, pensando na voz rouca sussurrando ao pé do meu ouvido, quase delirando ao me recordar das mãos grandes apertando o meu corpo e passeando entre minhas curvas, descobrindo cada pedacinho de mim. Balanço a cabeça negativamente, percebendo que durante essa semana, eu pensei demais naquele homem misterioso. Deixando de relembrar a minha última foda, termino de fazer a faxina em meu apartamento, pois daqui algumas horas tenho que estar no hospital para cumprir o meu plantão, que é das sete da manhã às sete da noite.
Ainda não consigo acreditar que realmente cedi aos encantos do coreano e que ele me deu uma das melhores noites da minha vida. Novamente estou pensando nele e acabo me estressando com isso, o que me faz bufar alto. Olho ao redor da cozinha e vejo que está tudo em seu devido lugar, já que estou desde às cinco da manhã acordada, tentando organizar o meu apartamento. A verdade é que esses dias eu quase não consegui dormir, infelizmente. O quadro clínico do Edward não é muito bom e vê-lo tão doente me parte o coração. O pequeno garotinho tem apenas cinco anos e precisa passar por tantas hemodiálises, por tantas complicações.
Respiro profundamente e parto para o meu quarto, checando a hora em meu celular. A semana está bastante tumultuada, como a maioria das outras, quase não consegui conversar com a Melanie. Ela só me disse que transou com um coreano e que estava em um nível tão alto de tesão, que acabou acordando as visitas que estavam em sua casa. Quais são as chances de ser o amigo do Namjoon? Minha melhor amiga explicou que ele era alto, forte e muito bonito também. Só pode ser ele. Saindo dos meus devaneios, entro no banheiro e tomo um banho caprichado, lavando o cabelo com bastante shampoo e o corpo com um sabonete cheiroso que minha mãe me presenteou.
Nós voltamos a nos falarmos normalmente e a mais velha admitiu ter errado, me “oferecendo” daquela forma para o Dr. Hector. Inclusive, ele quase não falou comigo essa semana e até entendo, porque o hospital está lotado de pacientes e estamos lá para exercermos as nossas profissões. É claro que todas as enfermeiras e as outras funcionárias das demais áreas do prédio, ainda caem de amores pelo espanhol, o que é um pouco irritante para mim, mas que acabo relevando. Após sair do banheiro e me vestir, seco o cabelo e passo alguns produtos de maquiagem, para cobrir as olheiras abaixo dos meus olhos. O caminho para o hospital é tranquilo, por ainda estar muito cedo.
— Bom dia, doutora. — Levo um pequeno susto ao ouvir a voz do Dr. Hector bem ao meu lado, no estacionamento. — Eu te assustei? Me perdoe. — O homem sorri sem graça com o acontecido.
